quarta-feira, novembro 15, 2006

O fim da bondade?

Lendo Retrato Político da Saúde (Jorge Simões):
Um dos problemas que alguns temos é acreditarmos na bondade. Pensamos, por exemplo, que ao perceber-se que a saúde era um bem para distribuir, se decidiu distribuí-la por todos. Engano! Foi preciso que houvesse mortos entre os operários que contríam um canal, vítimas de acidentes de trabalho e de epidemias e a produtividade diminuísse para se pensar em criar um sistema de saúde; foi preciso soldados morrerem na guerra, mais de doenças do que de tiros, para se pensar em dar-lhes saúde; foi preciso que os sindicatos alemães começassem a ter influência política, para que Bismarck criasse um sistema de seguros de saúde não por bondade, mas para retirar a simpatia dos trabalhadosres nas suas organizações. Nada acontece por bem, mas por necessidade. Estranha esta espécie que assim age.

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