domingo, novembro 19, 2006
Desculpem lá
Com o parque de estacionamento já cheio, fica-se com a sensação de sorte grande quando vemos alguém aproximar-se do carro estacionado com ar de quem vai sair. Claro, que a coisa ainda vai demorar. Abrir as portas com o comando à distância, aproximar-se lentamente do carro, pôr o puto no banco de trás deixando obviamente a porta aberta, ir uma última vez ao porta-bagagens pôr mais um saco e, por fim, mas não menos importante, olhar para nós, com ar tranquilo, sem pressa, enquanto solta, finalmente, um: Desculpe, lá! Porque será que a desculpa é atirada para longe, porque não desculpe aqui ou somente desculpe, ou até apenas Bom-dia! Esta coisa de pedir desculpa longe, lá, é que eu não entendo. Mas, realmente, que a culpa fique longe de nós, que assim nos desresponsabilizamos. Podemos ainda ajeitar o banco e o retrovisor, abrir o vidro, que o tipo que está à espera, vai desculpar lá, que, aqui, até nem tem grande cara de perdão.
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