quarta-feira, novembro 29, 2006
Dimensão
É pobre a obra de quem se enterra com ela e grande a que persiste depois de nós. Os maiores são os que estão substituíveis a toda a hora, porque criaram uma dimensão de irreversibilidade nos processos. Mas quando, durante toda a vida, o mundo de algumas pessoas nunca as ultrapassou, começando e terminado sempre nos seus limites, não se poderá esperar que outra coisa possam fazer que anunciar o dilúvio depois deles. Compreender essas suas limitações e perdoar-lhes, é também obrigação de quem fica. Com toda a serenidade, cabe a nós que continuamos o caminho, mostrar a realidade como ela é.
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