terça-feira, janeiro 17, 2006

Pausa apátrida

Quando soube que em Portugal 2 milhões de pessoas vivem com menos de 350 euros por mês, entrei em reflexão.
Mais reflexivo fiquei quando ontem vi o princípio de um debate sobre a Pátria. Por mim não preciso de Pátria, mas de libertação daqueles 2 milhões e de muitos outros mais. O nome do país, a pátria são secundários. Até hoje, esta coisa da pátria só serve para se dizer que fomos os primeiros em Portugal (quando a façanha já foi realizada por quase todos os outros) ou que um nosso qualquer teve um qualquer feito lá fora (até deliramos quando um piloto de F1 fica em último com grande regularidade). Como eles diziam, somos saloios, mas, sinceramente, eu não fico particularmente feliz com isso. Da mesma forma que feliz não fico, com os muitos milhares de milhões que por esse mundo fora vivem com menos de 2 dólares por dia, muitos a fazerem aquilo que desfrutamos. Nem quero que a minha pátria sirva para manter esse estado de coisas.

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