Tenho alguma dificuldade em perceber a celebração da morte de alguém, mas a história fornece pistas (não atenuantes, contudo) para o seu entendimento. O sujeito da morte desejada pelos palestinianos foi aquele que, tempos atrás, pedia desculpa de não ter morto o seu líder anos antes.
Mas o que os motiva (a uns e aos outros) não é muito diferente. Uma forma absurda de obscurantismo, a visão maniqueísta de um mundo de forças do bem e do mal. Depois, tudo acaba de uma forma bem democrática, à qual ninguém sabe escapar, porque ainda há alguma coisa que se não compra para tranquilidade dos que pouco têm. Chegada a altura, as diferenças esbatem-se e tudo acaba de forma bem igual. Podemos imaginar o reencontro e pensar se não haverá lugar para auto-crítica.
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