Trinta milhões de euros, foi o investimento de um povo na esperança dum milagre de que nem percebem a dimensão. Sempre pequeninos vão comprar casas para toda a família e dar algum aos amigos. Ainda gostava de os ver sem saberem o que fazer às sobras de todos os milhões restantes. Quantas dores de cabeças e depressões! Nestas pequenas coisas se compreende que somos de sonhos curtos, pouco investidores e consumidores modestos. Quem nos ensinou a ser assim?
O que mais gosto nesta coisas é o prazer de imaginar a coincidência da remota probabilidade. Pode acontecer. Gosto de prolongar esta sensação. Entrego o papelucho cedo para que a semana de sonho renda. Por isso também não entendo que se descure este gozo, indo sempre entregar o boletim quase ao fechar do prazo. Bolas, assim o investimento rende muito menos, o sonho fica curto, acaba poucas horas depois. E o melhor dos euros atirados à rua, são os momentos de sonho semana fora.
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