Bem espremida a «notícia» é a seguinte: Morreu um doente que tinha um pacemeker. Esses pacemakers às vezes funcionam mal e parece (não está confirmado!) que um doente que tinha um deles morreu por mau funcionamento. A empresa produtora vai substituí-los a todos os doentes que o queiram fazer. Como tal, os doentes vão ser chamados pelos médicos para se tomarem decisões sobre este assunto.
Acontece que só os médicos saberão quem tem colocados pacemakers desta marca e que há muitos doentes que não sabem a marca do seu pacemaker, mas que sabem ter um pacemaker. Quando ouvem hora a hora esta notícia pensarão que este problema lhes diz respeito. Provavelmente não dirá, até terão outro colocado, etc. Mas, como não sabem, ficarão algo preocupados e o melhor será perguntarem ao seu médico. Mas só há a necessidade de fazerem essa pergunta, porque alguém lhes martelou o juízo hora a hora com a «notícia». E não há necessidade nenhuma de o fazerem porque se algum risco houver serão os próprios médicos a resolver esse problema. Ou seja esta notícia, não informa, cria ansiedade. As pessoas nada perderiam se nada lhes fosse dito pela Imprensa, não estariam em risco de nada. A imprensa estaria em risco de vender menos neste seu negócio de geração de ansiedade. Rigorosamente. Mas com esta informação são arrastadas para a ansiedade e sendo doentes do coração, desejo que nada lhes aconteça em mais este arrastão da nossa querida Imprensa.
Mas não seria muito melhor informação darem-nos notícias da crise do Millenium?
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