quinta-feira, julho 28, 2005

Sem solução (às vezes penso que sim)

Há consultas que só aqui. Como na escola, o português difícil que não transmite as ideias. O nervosimo de quem não aprende. Repetidamente se diz que a dose de insulina da manhã, varia com a glicemia do jantar da véspera. Querem saber a do jantar do dia, para verem que insulina devem dar. Mas essa ainda não sabem à hora do almoço. E ficamos ali a fazer gráficoss a cores. Repetidamente, olham para a glicemia antes do pequeno-almoço e dizem que aumentam, diminuem, não sei, isto é tão difícil. Difícil é pensar a volta que tudo isto tem de dar. A falta crónica de exercício mental, a ideia além do drama da novela e do telejornal. Tanta gente a sobreviver, sem vida. A dizer, sim senhor doutor de forma subserviente, tentando cativar, pedir desculpa da sua distracção e incapacidade. Como se abrirá o espírito às pessoas? Como será que se lhes mete na cabeça a curiosidade para que o mundo lhes seja mais bonito, em vez desta preocupação única de passar por ele?
No fim desta manhã, apetecia-me qualquer coisa que me desse verdadeiro gozo. Para esquecer. Só que eu não bebo dessa forma.

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