O espectáculo continua. Mário Soares e Sócrates são correlegionários. Mas acham que a fotografia fica mais digerível assim. Na fuga de Guterres, começa a surgir o poeta. Mas o poeta não é o que agrada a Sócrates, que o homem às vezes rima à esquerda. É então que, ninguém sabe bem de onde, o meteoro desgovernado do Freitas do Amaral vem com a história do never say never. Quatro dias depois de não ser oportuno falar, Sócrates decide-se por Soares. Bom se o fez sem dizer nada ao não candidato, o menos que se pode pensar é que é irresponsável e pior, manipulador. Soares não tem que ser empurrado por um qualquer fast-PM. Não quero acreditar que o tenha feito sem a conhecimento prévio do candidato a não-candidato. Portanto, o mais plausível é que tenham combinado a fotografia instantânea. Do género, Dr Soares parece que o senhor nas sondagens é melhor e eu não gosto lá muito do poeta. Por favor, aceite lá ser candidato. E o não-candidato, futuro candidato não terá dito que não. Foi fazer contas. É esta maneira estranha de fazer política que me irrita. Podem abrir o jogo, escusam de retocar as fotografias.
Logo a seguir, assiste-se à mais despudorada intervenção do Bispo Marcelo que na sua homilia dominical, desanca o futuro candidato chamando-lhe velho e economicamente incompetente, iniciando a campanha do ex-Primeiro futuro candidato de direita, o salvador da Pátria. Aquele que todos experimentámos e corremos. E tudo sob a capa do comentador político. O homem não se enxerga ou então somos nós os cegos.
Conclusão, ser PR é um emprego mal pago, que ninguém quer. Parece o campeonato de futebol do ano passado. No fim ganhará o menos mau. Será?
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