A ser verdade a notícia da TSF, é preocupante. O Senhor Clark, ministro do senhor Blair, vai propor uma série de medidas para aumentar a segurança na Europa. Entre elas, foi dito, o bisbilhotar de correspondência electrónica que ficará retida vários meses. Até poderei compreender algum reforço de medidas de profilaxia, mas, vindo de onde vem há que ter cuidado com tentativas de controlo das liberdades individuais. A vida contém riscos, mas o maior de todos é a não-vida. Muito pior do que a morte.
Mais do que a caça ao terrorista para defesa da liberdade e segurança, será necessário perceber a causa de todas estas coisas e actuar com inteligência. Perceber, por exemplo, por que raio é que um tipo se veste de bombas e se faz explodir. É demasiado simples e pouco, achar que é porque não gosta de nós, da nossa liberdade, das nossas crenças, da nossa segurança. Pode até muito bem ser porque sempre viveu numa dessas Palestinas do mundo, onde alguém induz a prisão e a insegurança permanentes. Ser inteligente, neste contexto, passa muito mais por aí do que pelo simples terror ao terrorismo, negando, em nome desse comabate, os valores em que gostamos de viver. Esta é uma estratégia de derrota dada a natureza das próprias coisas. É outro o combate necessário: a nossa afirmação de não termos medo de sermos solidários numa luta global contra o terror, intervindo nas causas reais.
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