Curricula que nada me dizem. Uns parecem preenchimentos de formulários, outros dizem nada sobre o que é preciso saber-se. O estranho, nisto tudo, é serem necessários. São geralmente volumes de longos textos que repetem banalidades afirmando que nos serviços se veem doentes com patologia desta especialidade em que querem ser consultores. Que seria de esperar, se dissecassem porcos? Depois é o enumerar sem fim de comunicações feitas a ensinarem-se uns aos outros. Como se eu não soubesse que as plateias desses cursos são desertos. E dizem também os cursos pós-graduados e congressos onde foram (sem descreverem o que viram nas cidades, nos museus, nalgum espectáculo. Será que foram a algum lado ou ficaram-se pelos restaurantes em jantares de 3 horas?). Não, nada dizem que me elucide. Alguns mais avançados falam da investigação. Já a tinha avaliado pelas repercussões na imprensa. Por que é tão preciso fazer de conta nesta terra? Quando se colocam os nomes na PubMed saem meia dúzia de referências em substituição das centenas referidas no elenco do publicado. Há de tudo, só ainda não põem os artigos publicados no consultório da Maria e Saúde qualquer coisa. Mas lá chegaremos.
Daqui a dias todos serão consultores da especialidade com dois anos de atraso, porque, entretanto, alguém se esqueceu de promover o concurso. E há ainda quem acredite nestas coisas e consiga por um ar sério...
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