Aos poucos o inglês, sacudido com ós tónicos do japonês, começou a ficar quase imperceptível. Uma zoada invadia a sala em tons de crescendo-decrescendo, como um som de telefonia dessintonizada com o volume todo aberto. Os olhares da plateia procuravam as explicações no tecto.
Ele continuava, pequeno, indiferente, com o som da sua ciência de ratos knockout cada vez mais atenuado. É claro que quem planeou este Centro de Congressos de Lisboa o fez para um país de sol, onde provavelmente não chove nunca e, por isso, esqueceu-se do isolamento sonoro necessários nestas estruturas.
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