sábado, janeiro 13, 2024

 ‘’VEMOS, OUVIMOS E LEMOS, NÃO PODEMOS IGNORAR’’

Enganei-me quando a 31 de janeiro de 2022 escrevi o Funeral de Mozart e disse «Dos vitoriosos de ontem, dois há que atingiram o seu provável máximo de progressão, um porque os betos não são infinitos, outro porque a falta de escolaridade está a reduzir-se e à medida que o tempo passa alguns dos adeptos já terão partido daqui a quatro anos.» Quanto aos betos ainda estou para ver se o ar carrancudo e zangado do líder atual é mais eficaz que a pose do galã anterior, mas quanto aos outros, ao ouvir certos entrevistados durante a convenção de Viana, houve um erro de análise seguramente. Há um país de gente vingativa, deseducada, miserável, sem esperança e sebastianista que espera que as respostas ao seu infortúnio venham de alguém inspirado num qualquer deus e são também gente jovem que falhou na escola, bebeu demais como tinham feito os seus pais, sempre pronta para dar o golpito, fugir ao imposto ou à dízima como alguns dirão, com um mundo pequenino à sua volta, gente incapaz e preguiçosa para ver para além do nevoeiro, um lúmpen que está por tudo e que, sentindo-se vítimas de tudo, estão dispostas a tudo e que se lixe. Já os houve noutros sítios e na incapacidade que têm de pensar, resta-lhes a capacidade de urrar e porem-se de braço esticado como aconteceu recentemente em Itália. Ufanos, preparam-se para fazer a festa por cá também. Esta gente esteve neutralizada, mas nunca deixou de existir, esta gente assaltou e incendiou sedes de partidos de esquerda depois de abril e foi tolerada pelo silêncio cobarde da imprensa sempre predominantemente comunistofóbica como agora se mantém, pré-anunciando o desaparecimento dos que sempre combateram pela liberdade e deixando à solta os sucessores dos tiranos de então. É a gente que andou de moca em Rio Maior, que foi por duas vezes travada, a 28 de setembro e no 11 de março. Não se lhes pode franquear a porta à chegada, porque eles continuam a andar por aí para comer tudo. Também a 10 de março têm de ser travados.

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