É claro que não ponho em dúvida que 3 anos, são exactamente 365 dias vezes 3. Logo, quando algo garantido se avaria no 1105º dia de utilização, isto é 10 dias depois do limite, está fora da garantia. Mesmo quando se trata de um objecto resistiria 100000 km e afinal ainda só tinha feito 48000 e qualquer coisa e avariou, fico a pensar que se calhar a apregoada resistência da coisa não será assim tão grande.
Cumpriu-se estritamente o contrato e tive de pagar o conserto. Vá lá que o rádio avariou antes dos três anos, a chauffage avariou antes dos 3 anos, os blocos das rodas rangeram antes dos 3 anos, o ar condicionado fumegou antes dos 3 anos, os vidros eléctricos chiaram antes dos 3 anos apesar dos cuidados de revisão do carro terem sido escrupulosamente cumpridos na Oficina da marca. O radiador da chaufage foi-se aos 48000 km, 10 dias depois de terminada a garantia. O fabricante teve sorte e eu azar.
Mas fico a pensar como é que o Terrano Tibete, conseguiu lá chegar. Terá feito a viagem de barco? Que mais irá acontecer daqui em diante?
Sobretudo fico triste pelo rigor interpretativo que os responsáveis da Nissan têm das garantias. É que gostava muito de poder falar deles como exemplo de entidade que reconhece que uma avaria que surge 10 dias depois de ter passado o limite de garantia se deve obviamente a deficiente qualidade da peça de origem e que deveria, por esse facto, ser substituída sem encargos para o proprietário do veículo. Isso estaria mais perto de alguma imagem de marca japonesa que se possa ter. Mas se calhar, o Japão já não é o que era. Sinceramente, tenho pena, mais por eles, até do que por mim. É que eu gosto de elogiar, mas assim, não me dão essa oportunidade.
Pronto, está feito o desabafo.
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