Neste meu país futebolês, acho extraordinário (como é possível não achar de outra maneira?) que depois do debate de ontem a pergunta que se faz (e não ouvi outra sobre o debate) seja, quem achas que ganhou? Parece que a ninguém interessa saber o que se achou do que se disse no debate. Apenas esta coisa de saber o resultado, quando se sabe que isto de debates não tem balizas nem golos e há resultados para todos os gostos.
Por mim, acho que depois de um debate, que era o único entre os que se perfilam para PM desta terra, em que se não falou de educação, saúde, justiça e outras coisas menores, não sei quem ganhou. Sei apenas quem está na iminência de perder, de perder mais algum tempo. Se estes dois são as únicas alternativas possíveis, quem perde somos nós e nem sei se já não perdemos tudo de vez.
O que se discutiu foi estratégia (com quem te alias depois), reformas (mais cedo ou mais tarde), impostos ao de leve (e que interessam os impostos se ao mesmo tempo não falarmos de encargos directos para as pessoas?) e as tricas pessoais. No fim tínhamos dois senhores muito sorridentes, que passaram um serão inteiro sem dar um ar de sua graça (será que têm alguma?) e nos mostraram o quanto são vítimas de tudo isto. dois sabonetes com receio de estarem a ser mal promovidos. Tensos. Ninguém marcou golos de tão preocupados que estavam na defesa. Jogo para esquecer. Será que a alternativa a esta democracia de alterne é ir jogar noutro campeonato?
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