terça-feira, dezembro 21, 2004

A consciência do carimbo

Eles são, na verdade, apenas números. Por isso, a ligeireza do carimbo no anúncio de que passaram a esta categoria. De repente, o sobressalto causado por alguém que se lembrou de pensar e pôr em causa esta coisa da relação custo-benefício. Na verdade, é diferente o preço de um minuto Rumsfelf do de um funcionário menor. Segundo a lógica de maior rentabilização possível dos recursos, o carimbo estava absolutamente certo. É como tantos outros princípios sem princípios, por exemplo, o utilizador-pagador. E do fundo da América, eis que emerge esta ideia contra-corrente de que afinal não cabe tudo nesta falta de princípios. Há, pois, limites para esta selvajaria liberal.
Alguns imaginarão que, ainda assim, pedir desculpa é bonito. Apesar de tudo, a loucura procura o perdão e vai agora começar a fazer como sempre deveria ter feito. Até pode ser pedagógico, tomar consciência pessoal do que anda a fazer, ter a noção de que também ele tem responsabilidade neste blog de várias postagens diárias. Por baixo da mão dele vão passar diariamente as cartas, vai ser mais real para ele, apesar de tudo. Que lhes faça bem ao sono e o não deixe dormir tão bem! O melhor seria, seguramente, ter de ir pessoalmente a casa das famílias contar as novidades.

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