terça-feira, maio 16, 2006
A árvore de pé
Antes, logo imediatamente antes da saída para Sesimbra, do outro lado da auto-estrada, fica, num intervalo súbito sem prédios, aquele tronco elevado antes do azul do céu. É uma árvore seca, ainda com ramos desenhando quase uma cornucópia tombada sobre a esquerda, de ramos cada vez mais finos, em várias ordens de emergência como uns brônquios. Ali erguida com toda a dignidade da sua secura, deixando quase ouvir o crepitar de lenha seca do lado de cá da estrada. Nem uma folha, só a silhueta em contraluz numa afirmação de verticalidade, num intervalo do betão. Tenho ganas de trazer a Canon e a tele e disparar uma única vez para a fixar, porque é enormemente bonita na sua secura e no seu som de vida já passada.
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