Nesta terra aposta-se na desvalorização do técnico. Entre um parecer dele e o de qualquer grávida, prevalece o da segunda, porque ela acha que sim no seu saber mais do que iluminado. O mais engraçado é o ar tímido com que os técnicos vêem esgrimir os seus argumentos, perante quem tem a barriga cheia de certezas irrefutáveis (neste caso doutras coisas, mas enfim). Realmente, fica a sensação que a barriguda é que tem razão, tal a forma assertiva como expõe a coisa. O Ministro toma a decisão duvidosa de ouvir os técnicos em vez das barrigudas e a bronca está armada. Mais lhe valeria ter uns técnicos a rabujar nos gabinetes do que as barrigudas no meio da rua. Era mais tranquilo para ele. Depois, se os recém-nascidos tivessem problemas, a culpa seria dos técnicos que se não pronunciaram, etc e tal. Demitia-se o ministro, que é o projecto máximo de qualquer oposição que se preze e tudo ficava bem. Mas há uns tipos teimosos.
Nesta terra, quase tudo está mal até ao momento em que se vai mudar. Há um horror há mudança, que torna simpática a merda em que se está. Será porque se alguma coisa melhorar, desaparecem os argumentos?
Vale isto para maternidades e reestruturações de consultas por exemplo.
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