No meio da história mal contada da saída do Professor o que parece mais viável é que alguns dos donos da TVI estavam a ficar incomodados nos negócios com algumas das coisas que o senhor vinha dizendo. Não daria muito jeito a esses donos que este governo de porcelana fosse criticado, pois dependem dele para as tais negociatas. Vai daí, não encontraram melhor que deitar o professor abaixo. A gravidade desta coisa é que este processo é esclarecedor da fragilidade da chamada liberdade de imprensa quando a dita começa a ficar completamente entregue a interesses privados. No fundo, nós o público, ficamos sem qualquer possibilidade de controlar o que quer que seja e tornamo-nos dependentes do que a clique económica dirigente quer fazer. Liberdade de imprensa começa a ser, se esta via for continuada, a liberdade dessa gente nos impor a informação que lhes convém: jornal do crime em horário nobre, informação do exótico, Pinto da Costa e quejandos, opinião do patrão. Assim, entretidos, os negócios podem prosperar longe do controlo de todos nós.
Mais importante do que sabermos a fortuna pessoal dos políticos, parece ser a divulgação dos braços do polvo financeiro que progressivamente nos vai estrangulando. Este é um bicho que temos de conhecer nas suas manhas antes do sufoco completo chegar.
Mais importante do que sabermos a fortuna pessoal dos políticos, parece ser a divulgação dos braços do polvo financeiro que progressivamente nos vai estrangulando. Este é um bicho que temos de conhecer nas suas manhas antes do sufoco completo chegar.
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