A Imprensa do Governo
Da intolerável e canhestra pressão do Governo e da TVI sobre Marcelo Rebelo de Sousa já muita gente falou. Até o insuspeito Cavaco Silva. No entanto, o que agora aconteceu a Marcelo pode ser apenas a ponta de um enorme icebergue; uma consequência do formidável peso que o Governo tem na Comunicação Social e que só é comparável aos velhos tempos da imprensa nacionalizada.
Do Estado, propriamente dito, dependem a RTP e a RDP com os seus canais e ainda a agência Lusa. Do grupo da PT, que o Estado dirige através de uma famosa «golden share», já fazem parte o «Diário de Notícias», o «Jornal de Notícias», o «24 Horas» e a TSF só para citar os órgãos mais importantes. E agora, devido a propaladas negociações que envolvem a possível compra, pela PT, do grupo Media Capital (proprietário da TVI) este impressionante bloco de comunicação que, em última análise depende do Estado, ou seja de quem está no Governo, poderia ainda reforçar-se com uma televisão e várias estações de rádio.
Pode pensar-se que nada disto é importante ou significativo, mas a verdade é que o «Diário de Notícias», apesar de vender menos, faz impressionantes campanhas de «marketing», com ofertas sucessivas de produtos, próprias de quem não tem preocupações de dinheiro. Enquanto o «24 Horas» dá corpo a algo de inédito em todo o mundo: um tablóide sensacionalista que é propriedade do «grupo Estado».
Se somarmos esta impressionante presença dos poderes públicos na Comunicação Social a um Governo formado por gente canhestra, populista, alguma dela sem sensibilidade para compreender o que é a liberdade de informação, temos como resultado um panorama verdadeiramente sombrio.
Infelizmente, é o que temos.
Da intolerável e canhestra pressão do Governo e da TVI sobre Marcelo Rebelo de Sousa já muita gente falou. Até o insuspeito Cavaco Silva. No entanto, o que agora aconteceu a Marcelo pode ser apenas a ponta de um enorme icebergue; uma consequência do formidável peso que o Governo tem na Comunicação Social e que só é comparável aos velhos tempos da imprensa nacionalizada.
Do Estado, propriamente dito, dependem a RTP e a RDP com os seus canais e ainda a agência Lusa. Do grupo da PT, que o Estado dirige através de uma famosa «golden share», já fazem parte o «Diário de Notícias», o «Jornal de Notícias», o «24 Horas» e a TSF só para citar os órgãos mais importantes. E agora, devido a propaladas negociações que envolvem a possível compra, pela PT, do grupo Media Capital (proprietário da TVI) este impressionante bloco de comunicação que, em última análise depende do Estado, ou seja de quem está no Governo, poderia ainda reforçar-se com uma televisão e várias estações de rádio.
Pode pensar-se que nada disto é importante ou significativo, mas a verdade é que o «Diário de Notícias», apesar de vender menos, faz impressionantes campanhas de «marketing», com ofertas sucessivas de produtos, próprias de quem não tem preocupações de dinheiro. Enquanto o «24 Horas» dá corpo a algo de inédito em todo o mundo: um tablóide sensacionalista que é propriedade do «grupo Estado».
Se somarmos esta impressionante presença dos poderes públicos na Comunicação Social a um Governo formado por gente canhestra, populista, alguma dela sem sensibilidade para compreender o que é a liberdade de informação, temos como resultado um panorama verdadeiramente sombrio.
Infelizmente, é o que temos.
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