A estratégia parece ser mostrar que o serviço público de saúde é ingovernável e entregar progressivamente ou de acordo com o que deixarmos tudo na mão dos privados. Seguradoras, bancos e já agora as Farmácias...
Agora até começam a chegar aos Serviços de Urgência já não só os que antes tinham ido à Farmácia ver a tensão arterial e eram enviados a correr porque tinham a «tensão junta», mas também os diabéticos descontrolados (!!) com 250 mg/dL na picadinha do dedo. Um gozo meus senhores... E isto vai ser pago do nosso bolso. Que também vamos continuar a pagar mais fitinhas, mais agulhas, mais insulina e antidiabéticos orais muito mais caros. E eles vão continuar a ter um livrinho verde, cheio de objectivos e registos em branco, sem nada. E vamos também pagar o tal livrinho verde. E no fim continuarão a ser amputados, a cegar, a acabar na diálise e a ter os enfartes do miocárdio. Em Cuba, descem-se 2% nas hemoglobinas glicosiladas (isto é, controlam-se!) com educação alimentar e apoio médico. Mas esta é outra história que não vende comprimidos, insulina, canetas e tirinhas, nem compensa a Associação Nacional de Farmácias.
Gostei daquela afirmação de que os médicos não percebem nada de medicamentos a propósito dos genéricos. O problema é também que os farmacêuticos sabem pouco de doenças e de doentes nem se fala!
(depois de passar os olhos por um blog de confrade)
Correio: fernandobatista@netcabo.pt
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