Definitivamente, na Madeira gosto mais dos jardins no plural. Vale a pena percorrer os do Monte e o Botânico, apreciar a diversidade e a cores. A natureza, mesmo assim alterada, produzida, não deixa de ser agradável aos olhos e, no meio dela, sente-se menos a pobreza arrogante e defensiva das gentes de ideias contidas.
A visita ao Madeira Story Center ajuda a perceber algumas coisas. Trata-se afinal de uma terra descoberta por mero acaso, por uns portugueses que por ali andaram mais ou menos perdidos e sem saber o que procuravam. Na verdade, já antes, uns tipos, verdadeiros descobridores, lá tinham ido (gregos ou qualquer coisa assim), mas depressa zarparam sem deixar vestígios. Também parece que nobre ingleses e amantes francesas por lá andaram (sempre seria mais aristocrática a origem...). Mas também destes se não conhece descendência. Enfim, o resto são colonizadores do continente, escravos e piratagem. Uma mistura certamente complexa que desembocou na actualidade. Os ingleses trouxeram os aviões e os turistas, os continentais cobraram impostos. É tempo de pagarmos, todos, tanta exploração feita ao longo dos tempos! Estamos a pagar, possivelmente porque as indústrias do offshore e do turismo podem não garantir a auto-suficiência. Por mim, agrada-me mais a solução do Brasil ou dos africanos. Nessa altura talvez fosse considerado europeu quando lá fosse...
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