Sabe bem em dois momentos do dia, sentir que o Governo está a cuidar bem do Estado (isto é, de nós).
1. Logo ao acordar, a notícia de que a Ministra Da Saúde tem vontade de profissionalizar os médicos do ServiçoNS. A medida é tardia, mas mais vale tarde do que nunca. O importante é não ficar pela análise do processo eternamente. Força, força, «companheira» Ana! Os doentes, certamente, vão gostar.
Não pude deixar de comentar a notícia: «O dinheiro dos nossos impostos deve ser bem gasto. É o mínimo, que se pode exigir a quem o administra. Os Hospitais são hoje grandes empresas, muito complexas de gerir. Para serem eficientes devem combater o desperdício e dar aos seus colaboradores condições de funcionamento de excelência e exigir-lhes dedicação e empenho. Consequentemente, devem remunerá-los de forma adequada. Os Hospitais estão hoje colocados em concorrência com empresas privadas do mesmo sector. Deixou, pois, de fazer sentido que os seus funcionários trabalhem neles e para a concorrência, em nítido conflito de interesses. Não se pode jogar pelo Benfica e pelo Sporting na mesma época...
Ninguém faz fretes a ninguém e será bom perceber se é o ServiçoNS que ganha com a colaboração que lhe prestam os médicos que têm actividade privada ou se serão estes que beneficiam com a promiscuidade de funções.
Vão-se alguns. Duvido que a Privada tenha mercado para o êxodo que alguns anunciam, porque os seus gestores não gostam de pagar pelo emprego, mas pelo trabalho efectuado. Espera-se que os gestores do público tenham condições para, podendo abdicar da necessidade do lucro, criar um serviço competitivo e mais barato.
2. À tarde fui às Finanças esclarecer as divergências da declaração do IRS. Primeiro saúda-se o facto de haver meios de detectar uma divergência de 400€, o que mostra que a máquina funciona. Já não apreciei tanto, ter de esperar cerca de 2 horas para ser atendido. O que se passou? Declarei que tinha pago à Companhia Ocidental cerca de 400€ de seguros de acidentes. Pelos vistos, a seguradora do grupo Millennium não declarou ter recebido, daí a divergência. Estranho ter sido eu a ter que provar que paguei e não a dita companhia a ter que provar que não recebeu. Afinal, quem «fugiu ao fisco» foi o Millennium, quem perdeu tempo fui eu. Espero que tenha valido a pena e que do esclarecimento do incidente se perceba o erro (erros?) da Ocidental. Volta a provar-se a necessidade de averiguar a origem dos rendimentos máximos nacionais.
2 comentários:
Só não gostei do "companheira Ana".
Fiquei com a impressão que vc está a dar graxa à ministra.
Agora vai ser muito dificil alguem acreditar que vc não está ligado à máquina governamental.
Se reparar a companheira está entre aspas... Foi uma brincadeira com o verdadeiro camarada Vasco
Enviar um comentário