O vazio, como o deste espaço em branco. De onde vem o que lá pomos? Que estranho mundo emaranhado de sinapses é esse que funciona alinhando a linguagem, permitindo o discurso com sentido. Lá se fabricam as visões, os olhares de futuro que nos vão mudando as coisas secundárias, aquelas que muitas vezes julgamos serem as únicas existentes, mas que nada são, quando as comparamos com o resultado que fica depois de um qualquer acidente que nos baralha os circuitos, fazendo os fluxos andar em círculos de pouca coisa ou mesmo nada. De um instante a outro fica-se dócil, patético, perde-se o rumo do que, efectivamente, somos. Que sentimento de ser será o que resta nesse instante? Haverá lugar para a dúvida, para o medo, de que incertezas será feito esse estado?
Quem assiste, na comodidade da manutenção dos circuitos, leva um murro no estômago como nunca sentiu antes.
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