Tal é a sua crença na descrença das ideias, que o empenho pessoal num objectivo (ideal) que se não traduza em aumento de valor da conta bancária lhes não cabe nos conceitos. Para os descrentes logo tem de haver marosca se alguém gere bem uma coisa pública, como se o gasto do dinheiro dos impostos fosse o seu próprio dinheiro. Por definição, para os descrentes, coisa pública é necessariamente desperdício, só o privado é bom e honesto. Daí a necessidade imperiosa de explicar a evidência de uma boa gestão, por algo menos evidente e, nessa busca, nada melhor que o lançamento do boato. Para os descrentes, é então óbvio que se alguém gere com êxito coisa pública, ganhando como gestor público, isto é mal, em vez de estar na gestão privada a ser bem pago, é porque alguma organização secreta lhe paga. Para eles é clarinho que há subsídio da Opus Dei, só pode mesmo.
Realmente, para alguma indústria farmacêutica não deve ser cómodo haver algumas pessoas diferentes, que lhes fujam dos padrões. Recorre-se, então, ao boato, sobretudo quando se sabe que, já antes, nem a ameaça física resultou.
É estimulante este combate. Que se continue, então!
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