Ao mesmo tempo, por estes dias, no ambiente do mundo, há uma nova esperança no Médio Oriente de inspiração francesa. É cómodo sentir que na Europa há a França e não só o Reino Unido ou a Itália ou a Alemanha. Ainda há um resto genético de uma Revolução e de um Maio capaz de inovar sem seguir a condenação do tem de ser, ainda há um espaço para a Carla, sem o receio do protocolo. Ainda há esperança.
Por estes dias, espremem-se os Tesouros na ilusão de salvar as bolhas, numa fuga em frente, mas a borboleta bateu as asas e as cotações afundam-se. Já não há mais ninguém para entrar no jogo, ter-se-ão esgotado os recursos? Cai o preço do barril do petróleo, mas ninguém já acredita, que isso não seja apenas mais uma oportunidade de investimento a muito curto-prazo. Há um naufrágio anunciado e começam a seleccionar-se os que cabem nos salva-vidas.
E se, de repente, o absurdo do irreal, entretanto percebido, nos fizer erguer barreiras e voltarmos a ser aldeias pequeninas, onde as regras da aldeia grande já não funcionam? Será então o momento de reapreciarmos as necessidades e surpreender-mo-nos com as poucas coisas de que realmente precisamos. Descobriremos, então, talvez, que no tempo em que tudo se tinha, só nos faltava o mais importante.
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