quinta-feira, janeiro 18, 2007

Uma enorme estupidez

Entre as muitas características que caracterizam esta gente há uma que sobressai, o chamado desenrascanço. Nota-se a todos os níveis. Pode encontrar-se na beira da estrada no automóvel que decidiu parar ou no gestor que não sabe que voltas dar à coisa. Raramente, se vai pelo caminho mais complicado das fortes razões e se procura um atalho que torne a coisa transitoriamente mais fácil. Não é de estranhar que também os decisores médicos tenhama veleidade de ir por esta via e, quando percebem que não têm condições de assegurar um serviço, em vez de suspenderem o serviço com a dimensão que tem, procurem um remendo que vai rebentar aofim de pouco uso. Quando ao longo dos tempos se descapitaliza um hospital dos recursos que lhe podem assegurar o funcionamento de um serviço de Urgência, o melhor é reduzir o nível de intervenção nesse campo e fazer o que se pode. Não vale a pena inventar soluções impossíveis e nunca sera possível imaginar que serão hiperespecialistas a fazer o trabalho generalista. Não é por má vontade que o não farão, apenas por imcompetência e desconhecimento. Realmente, a visão microscópica que os caracteriza, fez-lhes perder a visão global, habilita-os a resolver problemas específicos, mas impede-os de perceber e saber actuar no geral. É, por essa incapacidade, que não farão o tal serviço. Por mais nada. Serão óptimos a trabalhar em equipa, de nada servirão para substituir o que falta. E não perceber isso, é continuar a agravar o problema, impedindo a renovação e acabando com o que existe. É o mercado, estúpidos!

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