terça-feira, janeiro 23, 2007

Complex

É complicado prescrever. Refiro-me a ter o papel onde o fazer. Primeiro tem que se ir à ARS e não é fácil estacionar. Depois, chegando até às 16, consegue-se chegar a uma fila onde estão vários mensageiros dos doutores da terra a buscar as tais receitas num espaço que é mais ou menos assim: um corredor de unn dois metros de largura, ladeado por dois muros de gichets, dentro dos quais estão quatro-4 funcionários. Começa-se por ir preencher um papel, onde colocamos os nossos dados pessoais (desde o número da Ordem dos Médicos ao nº de contribuinte). Assinamos. Entregamos o papel à primeira funcionária, que, diligentemente, com o indicador da mão direita, vai martelando no teclado do computador (bendita seja a informática!) os nossos dados. Os que tínhamos escrito no tal papel. Cerca de 10 minutos depois (com a ajuda da informatização) e depois de um último toque triunfal numa tecla, a impressora começa a debitar 3 cópias. Entregam-nos as três cópias para irmos pagar à Tesouraria no muro dos guichets em frente. Um educado funcionário recebe os três papéis, que carimba e assina várias vezes. Pagamos 4 euros por bloco (100 receitas). Voltamos com os três papéis ao outro lado onde tínhamos estado e, depois de conferida a escrita toda (mais uns 5 minutos), dão-nos um bloquito de receitas, que nos custou 4 euros, acompanhado de um dos papéis. A funcionária levanta-se e vai arrumar o outro papelito numa gaveta ao fundo da sala. Quatro euros, uma ova! E o parque de estacionamento, a hora gasta no atendimento, os custos dos funcionários, o papel gasto, os meios informáticos, esta vergonhosa burocracia toda? Complex!

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