Pois não, não se combate o terrorismo com o terrorismo. A ideia peregrina do Imperador de os ir caçar todos não vai, resultar. Isto é mais complexo do que uma cowboiada, não haverá nunca cordas que os apanhem a todos. Podem matar um ou outro como hoje, de novo, voltou a acontecer. Mas nos dias que se seguem irão ter a resposta terrorista, ao Estado terrorista. Sharon não é menos criminoso que os que acusa de o serem e como diz o Saramago, sabem pouco estes que não percebem o que pode fazer um homem tornar-se bomba (citado blogue de esquerda, hoje).
Os que diabolizam agora o diálogo tentam confundir realidades. É seguramente possível reflectir, dialogar sobre as causas do terrorismo. Claramente, não aceitando os métodos, mas também recusando a ideia simples dos maus e dos bons e da necessidade de varrer todos os maus. Esta é igualmente uma ideia terrorista. Retirar tropas de uma guerra errada, não é ceder ao terrorismo, mas tão só corrigir um erro, perceber que no Iraque, os iraquianos devem mandar e fazer as suas escolhas. O que se conseguiu com a intervenção foi ouvir um iraquiano dizer que dantes não tinha liberdade, mas que agora a liberdade de nada lhe serve sem a segurança que tinha dantes. A lógica dos cowboys não funciona noutras paragens. Foi também neste fim de semana que ouvi um soldado americano dizer que 98% dos iraquianos eram bons tipos, os outros 2% é que deviam ser abatidos. Assim, com a simplicidade das análises americanas.
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