segunda-feira, fevereiro 02, 2004

Ordens

Estão na moda as Ordens. Hoje ficámos a saber que também os professores querem uma depois de há alguns dias serem os jornalistas. Se querem que vos diga, eu nunca percebi lá muito bem para que serve a dos médicos, sobretudo numa altura em que a medicina privada - aquela em que o médico se confronta em consultório com o doente sem interferência de terceiros - está em vias de extinção e somos cada vez mais funcionários contratados de alguém, ou seja assalariados. Nesse caso, o que é lógico é ter um sindicato que nos proteja. As normas de prática da profissão podem perfeitamente ser estabelecidas pelo Estado, não correndo assim o cidadão o risco de estar subordinado a normas de defesa de corporações, como naturalmente acontece. E não me venham falar de isenção, que antes de sermos isentos ninguém se consegue abstrair de ser gente e como se tem visto, o que é próprio da natureza é a defesa prioritária daquilo que nos interessa com os melhores argumentos, claro.
É que nisto de definir regras, o mais seguro é deixar ao critério de alguém independente e sobretudo que possamos controlar.

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