A prostituição é uma forma de ganhar a vida. Raramente, será uma forma de vida por que se opte. Mas as vantagens que traz, farão com que as profissionais tenham dificuldade em de lá sair. Com o passar do tempo, com a aquisição dos hábitos, poderá mesmo chegar-se a um estado de racionalização em que admitam ser uma actividade como outra qualquer, uma forma de ganhar a vida. Numa sociedade onde o triunfo do individual sobre o colectivo até é a regra, ninguém terá nada com isso e cada um come do que gosta ou pelo menos do que mais rendimento lhe dá, com o menos de esforço envolvido. Neste contexto, também, não é de estranhar a submissão das programações às audiências, do triunfo dos conteúdos fáceis, para entreter, sobre aqueles que poderiam levar à reflexão e, possivelmente, incómodos que levariam ao zapping imediato. Os meios como a TV, são exactamente o que poderemos fazer com eles e muitas vezes o caminho mais fácil não será eticamente o preferível, embora possa ser o que tem melhor relação custo-benefício. Daí a facilidade com que se pode cair na tentação da prostituição. Nos anos 50, nos Estados Unidos, houve quem o não fizesse. O capitalismo estava ainda noutra fase de desenvolvimento, havia ainda conceitos muito fortes, moralidades que impediam o percurso mais fácil. Por isso se resistiu, acarretando com as consequências. Mas hoje, como é?
Boa noite e boa sorte!
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