Anda sua Exa apressado e depois despista-se nas contas. Anda a precisar de ir ao oftalmologista o senhor Ministro que vê médicos a dobrar. Onde vê 59, afinal só há 30...
Sua Exa até deve saber destas coisas da Saúde e nós também sabemos que as coisas poderiam estar bem melhores. Não é bonito é deixar-se ir pela tentação de se atiçar contra os trabalhadores para dar bom ar para a populaça. E se realmente sabe destas coisas, crie as leis, os mecanismos que tornam a Saúde um negócio apetecível. Seja empreendedor. Aqui bem perto do Hospital que o senhor diz ter mil pessoas a mais, erguem-se hospitais como cogumelos em bosque molhado; diariamente, basta ouvir rádio para ver como nos querem tratar da saúde; toda a banca e seguros a investir alegremente e, como é óbvio, não o fazem para perder dinheiro. Este sector é rentável! Desenvolva as condições para que o seu sector seja competitivo, criativo e gerador de receita e não o ataque, não o destrua, para dar lugar à concorrência. A República precisa de um Serviço Nacional de Saúde de qualidade, competente e prestigiado com gente empenhada em defendê-lo contra as iniciativas do capital privado. Há gente a mais, talvez. Possivelmente, muitos dos que gerem hoje os seus serviços já com a ideia de destruindo-os, desacreditando-os, poderem amanhã instalar-se ao serviço dos privados. Estão, obviamente, a mais. Que fazer? Acabar com a promiscuidade, criar dois sectores concorrenciais e que ganhem os melhores. De outra forma, uns irão ter saúde com os seguros que vão pagar, os outros ficarão à porta por não estarem seguros. Segurança é preciso!
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