A comissão procura fazer uma reforma. Analisa-se o problema e é fácil chegar-se aos diagnósticos. Como somos conhecedores, a terapêutica é relativamente fácil. Basta importar o que já foi testado. É a vantagem de ser português, vir-se do atraso. Basta copiar, a inovação é dispensável nas reformas. Definem-se os critérios de actuação com alguma facilidade. O problema surge depois, quando se vai perguntar às pessoas que dirigem o sistema no terreno se querem mudar de acordo com a esperteza que acabámos, unanimente, por definir. Claro que não! Mudar? Ninguém quer mudar, excepto os bébés que têm a fralda molhada (Mark Twain). Pois é, isto está tudo mal, define-se a mudança, mas ninguém quer mudar. E não vale a pena tentar impôr, que o país é pequeno e andamos todos nos mesmos baptizados e casamentos. Há sempre a possibilidade de chegar onde se decide e dizer-se «vê lá, não me lixes!» (sempre com algum sabor de ameaça velada....).
E assim vamos nós, hoje com 430000 desempregados (7,7%!!) e um Ministro, politicamente correcto, a afirmar-se preocupado. Mas afinal a culpa é da nossa amiga Economia, que não há maneira de despertar... Será que os sucessivos Governos não têm tido Ministérios da Economia e das Finanças? É que dizem estas coisas com um ar tão cândido que até parece. Há quantos anos andamos nós nesta dança PS-PSD? Haja vergonha!!
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