terça-feira, agosto 12, 2003

na urgência interna
Tudo bem, eles sabem que não pode ser, mas não podem deixar de fazer. O avô entrou mal, todos querem saber de viva voz o que se passa. Os Telemóveis só servem para cham,ar mais e mais. Em carrinhas entram pelo Hospital, estacionam onde calha. Tem de ser. Estendem cordas entre as árvores para porem a roupa a secar e à noite, se necessário, acendem-se fogueiras para se aquecerem. Enquanto esperam pels notícias. Embora saibam que à noite não haverá novidades. Ou pode haver... Os ciganos! Desculpem , mas tem de ser!
E os outros. Os netos e os filhos dos avós que tiveram alta e que ninguém vem buscar. Devem andar muito ocupados a fazer não sabem bem o quê, a consumir o tempo e o resto das vidas deles. E os avós continuam a ocupar as camas e as macas, a serem mal cuidados a criar escaras.
Nós e eles. Em conjunto na mesma cidade. A cada uns os seus valores.

No elevador
A miúda lá em casa morde a gata. A bicha deixa fazer tudo. E a resposta mais surpreendente ainda: Os animais em casa são muito bons, tornam as crianças mais dóceis! Essas feras, as crianças... E querem que levemos estes valores a sério?

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