segunda-feira, agosto 25, 2003

Lutas medievais

Mais um dia em que a religião aparece como motivo de guerra. E não serão os deuses todos iguais? Matam-se na Palestina ou na Índia em nome de Deus. Neste século XXI, perpassa um sentimento medieval, do fundamentalismo paralisante, incompreensível para os simples agnósticos e apátridas deste tempo.
Com efeito, desde há muito que não consigo ser patriota e ser alguma coisa nesta terra não tem significado por aí além. A minha é terra é a outra Terra. Estou lá com muitos mais num desejo de globalização total. A evidência individual tem essa dimensão, é esse o sentido que as tecnologias tornam possível. Qualquer contributo real para reduzir a ignorância, é acrescentar a dimensão do Deus em que acredito. Com o tempo tenho percebido que se não luta por Ele, porque o objectivo é construí-lo a pouco e pouco. Deus assim parece fazer-me sentido, alguém que acrescenta a todos mais bem estar e que não castiga nem incita às lutas.
Possivelmente, o problema é como diz o Naom Chomsky que «a alegria da criação é algo a que muito poucos têm acesso na nossa sociedade: é possível aos artistas, aos artesãoe e aos cientistas». Essa alegria de descobrir, mesmo o descoberto. Essa é uma oportunidade necessária! Mas isso não será possível se dividirmos o mundo em pensantes e seguidores, em poucos criativos e muitos homens-máquinas. Alguma vez as máquinas avariam e comprometem a produção...

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