Enquanto há vida....
A evolução descendente segue o seu caminho inexorável como um carro desgovernado estrada abaixo. Pressentimos, a irreversibilidade da situação e quase nem vontade já há de sermos deuses. É a fase em que vestimos o manto negro e depois de tudo termos tentado, vamos preparar a família, tentando explicar-lhes o fim que se anuncia. Homem prevenido, vale por dois, pensamos. Mas do lado de lá, a impaciência e desesperança de há dias, está agora substituída por um olhar luminoso e ouvimos anunciar com uma desconcertante firmeza que enquanto há vida há esperança, não é? Uma negação em contra ciclo. É daqueles momentos em que apetecia não termos razão, mas poucas horas depois chega-nos a confirmação do fim da esperança.
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