Nada é impossível de mudar
Desconfiai do mais trivial, na aparência singelo.
E examinai, sobretudo, o que parece habitual.
Suplicamos expressamente: não aceiteis o que é de hábito como coisa natural, pois em tempo de desordem sangrenta, de confusão organizada, de arbitrariedade consciente, de humanidade desumanizada, nada deve parecer natural nada deve parecer impossível de mudar B Brecht
Em termos de Economia sou uma nódoa. É que não percebo mesmo nada do assunto. Fico, então, com o choque dos ignorantes, abismado quando leio as notícias e vejo o Ministro das Finanças angustiado a dizer que o número de funcionários públicos (para os que não acreditam já nestas coisas, direi que continuam a ser PESSOAS) não aumentou, parecendo que o objectivo máximo dos governantes é criarem condições para despedir funcionários públicos (relembro, PESSOAS. (Vou, aliás, gostar de ver na próxima campanha eleitoral, os candidatos de PSD e CDS terem como bandeira de propaganda o anúncio de que se forem eleitos vão acabar de vez com essa espécie...)
Angustiado fico também, quando, neste contexto, sei do aumento dos lucros da banca: 31% de aumento face a período idêntico do ano anterior. Neste caso trata-se da melhoria de meia dúzia de famílias (boas famílias, claro)em detrimento de alguns milhares de funcionários (leia-se pessoas).
De que lado está o Governo quando permite isto? Querem que façamos sacrifícios em nome de que razão superior?
Alguém me diz quantos pobres são necessários para fazer um rico? E, também, para que serve fazê-lo.
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