segunda-feira, junho 28, 2004

Estive de férias!

Um intervalo de 20 dias. Fui de férias, terei de dizer aos mais de 200 contactos que aqui vieram procurar-me. E souberam-me bem. As férias sabem quase sempre bem. Os Estados Unidos são um bom sítio para ir de férias. Aquilo é tão grande que é difícil ser monótono tem sempre algo novo para encontrar. É nisso que gosto de passar as férias, a encontrar novas coisas. Sou um viciado em viagens. Disso, irei dar notícia, logo que acabe a descrição do passeio pelo Louisiana. Será um próximo post, longo, com a viagem dia a dia para eu mais tarde recordar.
Mas os States não são só paisagem. Os americanos e a sua televisão são uma atracção fatal. Vale a pena gastar uma parte (pequena) das férias a ver TV.
A primeira semana foi a visão longa da morte do Reagan, um aproveitamento grosseiro dos republicanos deste seu herói. Só lhes saíu mal a entrevista do filho, que disse estar disposto a votar em tudo o que aparecesse capaz de derrotar o Bush. Depois, a vida do Clinton em livro e mais uma semanita de entrevistas e reacções e Clinton por todo o lado. Por fim, as teorizações sobre a F-word. Sim, o vice-presidente, aconselhou um democrata do Senado a ir-se F. A partir desse momento, jornalistas, analistas, teóricos da língua, todos se envolveram em entrevistas e debates sobre a legitimidade ou não de o vice-presidente fazer tal recomendação a um senador. Será recomendação? Será interjeição? Será um conselho? Será uma subliminar acusação de homossexualidade? Uma diversão sem fim. Ao pé disto, os Romanos foram o povo com mais juízo que alguma vez existiu.
Claro, que as telenovelas dos noticiários com a descrição dos julgamentos continuam (e duram desde o ano passado!).
Depois, tem também uma coisa óptima, Portugal fica muito pequenino, muito longe, muito inexistente. Da verdadeira dimensão que tem, afinal. Essa distância sabe-me bem. É como a terra vista do ar, tem-se mais a dimensão do mundo e da importância relativa das coisas que afinal são tão pouco importantes.
Mas foi bom estar 20 dias sem o Euro! Lá a receita, é basebol e basquetebol. Isso é que cumpre a missão do Euro cá da terra. Isso, os faz continuarem a agir sem reflectir, a encherem copos de coca-cola com gelo, para depois lhes porem apenas algumas do líquido, pagando água ao preço de coca-cola. E felizes, engordam, engordam até rebentar. Vão no bom caminho! Olhar para eles, é a satisfação de sentir a superioridade da Europa.
Também isso torna agradável a passagem pelos States.

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