A guerra dos sexos? Quero manifestar aqui o meu vivo repúdio por quotas sexuais, sejam elas para deputados, sejam para entrada em qualquer curso, nomeadamente, o de Medicina. Simplesmente, patético!
Certamente, que alguns dos citados pelo Público são excepção e outros médicos andarão preocupados com a não entrada dos rebentos masculinos em Medicina, mas para a generalidade dos médicos este problema não existe. E a miragem de feminismo, de vitória sobre os homens, que isto possa conter para algumas mulheres, deve ser moderada. Contava-me há dias um colega espanhol que lá na terra dele o curso de Medicina era dos menos pretendido. Pois, aqui trabalha-se bastante e o rendimento não é o que por aí se diz. Pois não é, ou não será muito em breve. A Medicina está a sofrer uma evolução desgraçada e em breve, o(a)s médico(a)s serão uma espécie de novos farmacêuticos a vender perfumes aos balcões não de farmácias, mas de hospitais de seguradoras, isto é, funcionários assalariados do poder financeiro, que entretanto comprou os hospitais e vende seguros. Nesse regime de trabalho, irão ter a capacidade de decisão diagnóstica e terapêutica completamente controlada por critérios de rentabilidade gestionária. Se não se modificarem as coisas, ou me engano muito ou esta vitória das mulheres vai ser muito transitória. Sorte irão ter os miúdos que não abdicaram da farra e acabaram a optar por cursos de Gestão ou de Economia e irão futuramente estar nos hospitais a dizer às doutoras o que podem ou não fazer! Este parece-me ser o verdadeiro problema tanto para os médicos, como para as médicas e sobretudo ainda mais para toda a população, para os do costume: os doentes.
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