O processo de decisão num país tão pequeno como o nosso é mesmo complicado. Os decisores estão sempre muito perto da realidade que decidem, não conseguem ter a distância do deve ser assim. Quando se querem aventurar na decisão independente, vem-lhes necessariamente à memória, a realidade ali ao lado. E a decisão geral, vai ter de se adaptar aos interesses e depois têm de se tomar posições equitativas e passado um pouco estamos a fezr leis adaptadas ao real. O que deveriam ser normas gerais, são regulamentos específicos do que dá mais jeito em cada momento. Será por isso que se fazem tantas leis neste país?
A Ordem dos Médicos é considerada como a entidade que deve zelar pelo bom funcionamento da Medicina no país. Elabora critérios de formação de especialistas e a forma de os avaliar. Pretende fazer novos regulamentos de especialidade. Quando chega a altura de os passar ao papel, vem à memória as circunstâncias específicas de cada local e começa-se a tentar adaptar. A ideia geral do bem estar dos doentes logo desaparece e começa a ser possível admitir-se que médicos com 4 meses de formação em Pediatria tratem crianças que não crescem e que médicos sem formação em Medicina Geral tratem doentes de qualquer especialidade quando apenas foram treinados num dos campos da Medicina. E admite-se que o façam em situações de urgência, para resolver circunstâncias locais. Assim, não dá! Os doentes merecem respeito! E se a Ordem não os respeitar, então que alguém assuma o papel que ela quer assumir.
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