quinta-feira, novembro 13, 2003

À volta da Justiça

É nestas coisas que se vêm como será demorada a justiça. A história é simples. Alguém desconhecido entrou na garagem e partiu-me um vidro do carro. Intenção? Roubar ou chatear quem saberá. Agora para se obter a comparticpação do seguro é necessário levar uma declaração de participação na Polí­cia. A esquadra tem um ar probrezinho, com umas mesas e uns tapetes feioso no chão. O equipamento informático e de comunicações está à  vista e parece regular. Só hoje vi como os polícias andam descuidados. O nome do agente mal se via de gasto. Os distintivos da polícia estavam sebentos. O rádio não tinha pilhas. pequenos pormenores. O simpático e solí­cito agente, meio trópego com o teclado começa a organizar a história no formulário depois de me perguntar se queria apresentar uma queixa crime. Lá me explicou o que era e eu disse que sim. Depois de uma demorada identificação e descrição da ocorrência, lá assinámos a papelada. desde que entrei na esquadra de polícia foram quase duas horas, o que para escrever meia página de papel de história é obra! Assim começa a lentidão da justiça em Portugal.
No telejornal vejo o Provedor de Justiça falar da utilidade de salas de injecção assistida nas cadeias. A senhora ministra PP da Justiça, mostra-se pespinetamente contra. Nem pensar, arrenego! Mais cegos que os que o são são os que não querem ver, não é? Conhecimento por princípio como na Idade Média. Mas que mal fizémos nós?

Correio: fernandobatista@netcabo.pt


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