sexta-feira, novembro 07, 2003

na urgência externa

País pequeno
«O senhor vai ao hospital falar com o senhor Gonçalves do laboratório». O senhor veio e acha que era a Santa Maria o hospital onde o enviaram, não sabia o que vinha fazer, nem quem era o senhor Gonçalves, nem a forma de contactar quem o mandou, que também não sabia quantos laboratórios este hospital tem.
Tenho amigos (influência)
«Tenho cama marcada pelo Dr. Menezes. Eu não espero, é para entrar já». O Dr. Menezes não está de serviço, ninguém sabe qual a cama, mas o escarcel estava feito.
Pois
«Ela tem diabetes, tem hipertensão, tem colesterol, tem 93 anos». Uma vida grande e cheia de posses.
Inquietação
Telefonema para o Hospital: « Posso levar aí o meu filho para fazer umas análises. Só para eu ficar com o coração tranquilo, acho que el se anda a drogar». Não fazemos. Talvez dialogar sem picadas analíticas.
Estar por tudo
Para quem não sabe se diz que desde há algum tempo, depois d e umas perguntas à entrada da urgência do Hospital, os doentes são classificados por ordem de prioridade da situação. A chamada triagem. São, então assinalados com uma etiqueta adesiva riscada com a côr respectiva que devem colocar na roupa. Diálogo:
-«Se faz favor, vai à Otorrino para lhe verem o ouvido. Para circular no hospital, ponha esta etiqueta na roupa.»
-«Na boca, sor doutor, assim?» Evitei a mordaça por instantes...

Correio: fernandobatista@netcabo.pt




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