quarta-feira, novembro 12, 2003

Ei-los que partem

A GNR parte hoje com algum crédito para a Guerra. Tivesse partido antes e já estaria possivelmente com algum débito, isto é, estaríamos por aí a receber os primeiros caixotes. Boa viagem e voltem depressa (inteiros)!
O que estranhei hoje foi este alarido para se não partir, por parte dos partidos da oposição. Então lá porque há guerra, já não se vai à guerra? Será que querem guerras seguras, daquelas onde se vai fazer turismo? Desde as histórias do Solnado que ficámos a ter uma ideia imperfeita das guerras...
Pasmei ao ouvir o Francisco Louçã dizer que se algum soldado morrer a responsabilidade é toda do PM. Tem processo quase garantido e vá preparando a indemnização, Durão Barroso. Esta gente não anda nada bem. Cá para mim, as decisões da maioria acabam por ser todas um pouco de todos nós, mais não seja por sermos responsáveis por serem eles a maioria. Sim, se calhar apenas teremos que nos queixar de nós próprios. Agora depois de os deixarmos ganhar, teremos que os aturar e nestas coisas ou conseguimos que mudem de estratégia ou teremos de estar ao lado dos que eles mandam.
Continue-se a explicar até à exaustão que isto é uma guerra fundamentada numa evidência inexistente (ainda alguém se lembra das provas de armamento de destruição macissa?), injusta, que cheira apetróleo que tresanda. O combate deve continuar por aí, até se perceber que foi um erro todo este alinhamento com os senhores do Império. Nada o justificava, nada o justifica. Uma pura aventura de cowboys. Mas já agora não se lance mão de truques fáceis.
Onde anda o PP que não ouvi falar dele hoje? Será que não tem nada que ver com isto?

Correio: fernandobatista@netcabo.pt


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