Agora que, com o GPS, já não nos perdemos nos destinos do espaço, como que optámos por cair nos labirintos do tempo. De repente, destruíram-se as coordenadas em que nos mexíamos e só a incerteza do futuro prevalece. Depois de sairmos da realidade material da vida, substituiu-se o fundamento dos ativos pelo império do crédito. O valor passou a ser o limite de crédito concedido pelo mercado secreto e oculto. A abstração da matemática foi além da objetividade da geometria. A imaginação triunfou e, nos imaginados, nos perdemos, necessitados que ficámos de um GPS do tempo.
Podíamos viver perdidos no espaço, será que se consegue sobreviver à desorientação no tempo? Ou cada passo que se dá poderá ser um avanço sobre a mina oculta que nos fará explodir? O futuro a Deus pertence, mas não é mau que regulemos um pouco a divindade.
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