terça-feira, março 26, 2013
segunda-feira, março 25, 2013
Exercício
Não ter a solução é humano. É como errar. Não procurar a solução é negligência. É dolo no próprio. Esperar que outros encontrem a solução. Isso é suicídio ou, no mínimo e com muita sorte, a submissão a que a preguiça conduz.
Protestar, ficar indignado é, apenas, estertor, ficar à espera que apareça a solução e, este tempo, é tempo mais de ação do que apenas reação. É tempo de ser humilde e intolerante ao mesmo tempo. Perceber, claro, que as soluções não são fáceis, mas ser-se intolerante na sua busca, porque o existente não é solução, é apenas o problema. Mudar, mudar qualquer coisa, criar hipóteses, testá-las de forma rigorosa, andar à procura da solução.Mas, nunca, ficar quieto à espera de deixar passar a tempestade, porque isso apenas resulta quando se está abrigado e não, como agora, quando se está em campo aberto.
Assegurar as necessidades de cada um, porque o destino é coletivo e não tem graça passar 80 anos sozinho. É verdade, nenhuma pessoa é eterna. Quando muito ficará alguma obra de arte que criou se partilhada num museu, numa biblioteca ou numa sala de concertos e nada mais. O resto são trivialidades. Termos o que produzirmos seria tudo o que precisamos. Princípios? A cada um segundo o seu produto, calculado por benchmarking: toma-se por base as realidades dos países onde é menor a desigualdade, isto é, maior a partilha coletiva da realidade construída e evoluída. Faz-se a relação entre o income individual de uma determinada atividade e o produto nessa realidade e aplica-se a relação a todo o que trabalhe. Exemplificando, vencimento de técnico alemão ou sueco/PIB per capita desses países. Uma vez estabelecido este valor, aplicação do coeficiente a técnico semelhante tendo em consideração o PIB do seu país. E ninguém sairia privilegiado ao contrário do que agora acontece... Nota: a norma aplicar-se-ia do CEO ao assistente operacional.
Protestar, ficar indignado é, apenas, estertor, ficar à espera que apareça a solução e, este tempo, é tempo mais de ação do que apenas reação. É tempo de ser humilde e intolerante ao mesmo tempo. Perceber, claro, que as soluções não são fáceis, mas ser-se intolerante na sua busca, porque o existente não é solução, é apenas o problema. Mudar, mudar qualquer coisa, criar hipóteses, testá-las de forma rigorosa, andar à procura da solução.Mas, nunca, ficar quieto à espera de deixar passar a tempestade, porque isso apenas resulta quando se está abrigado e não, como agora, quando se está em campo aberto.
Assegurar as necessidades de cada um, porque o destino é coletivo e não tem graça passar 80 anos sozinho. É verdade, nenhuma pessoa é eterna. Quando muito ficará alguma obra de arte que criou se partilhada num museu, numa biblioteca ou numa sala de concertos e nada mais. O resto são trivialidades. Termos o que produzirmos seria tudo o que precisamos. Princípios? A cada um segundo o seu produto, calculado por benchmarking: toma-se por base as realidades dos países onde é menor a desigualdade, isto é, maior a partilha coletiva da realidade construída e evoluída. Faz-se a relação entre o income individual de uma determinada atividade e o produto nessa realidade e aplica-se a relação a todo o que trabalhe. Exemplificando, vencimento de técnico alemão ou sueco/PIB per capita desses países. Uma vez estabelecido este valor, aplicação do coeficiente a técnico semelhante tendo em consideração o PIB do seu país. E ninguém sairia privilegiado ao contrário do que agora acontece... Nota: a norma aplicar-se-ia do CEO ao assistente operacional.
domingo, março 24, 2013
GPS do tempo
Agora que, com o GPS, já não nos perdemos nos destinos do espaço, como que optámos por cair nos labirintos do tempo. De repente, destruíram-se as coordenadas em que nos mexíamos e só a incerteza do futuro prevalece. Depois de sairmos da realidade material da vida, substituiu-se o fundamento dos ativos pelo império do crédito. O valor passou a ser o limite de crédito concedido pelo mercado secreto e oculto. A abstração da matemática foi além da objetividade da geometria. A imaginação triunfou e, nos imaginados, nos perdemos, necessitados que ficámos de um GPS do tempo.
Podíamos viver perdidos no espaço, será que se consegue sobreviver à desorientação no tempo? Ou cada passo que se dá poderá ser um avanço sobre a mina oculta que nos fará explodir? O futuro a Deus pertence, mas não é mau que regulemos um pouco a divindade.
Podíamos viver perdidos no espaço, será que se consegue sobreviver à desorientação no tempo? Ou cada passo que se dá poderá ser um avanço sobre a mina oculta que nos fará explodir? O futuro a Deus pertence, mas não é mau que regulemos um pouco a divindade.
sábado, março 23, 2013
Diferenças de iguais
O árbitro inventa um penálti e com isso consegue os 3 pontos
para uma das equipas. Na véspera jantou com o presidente do clube da equipa que
agora venceu. A marosca torna-se pública e prende-se o árbitro por ser
corrupto. Todos, no entanto, acharão correto que o mesmo tratamento punitivo se
aplique ao presidente corruptor. Se calhar até com maioria de razão e o árbitro
até é considerado um pouco vítima do processo. Ele é determinante no resultado,
mas pertence a um grupo mais frágil que o dos presidentes de clube. No fim das
contas, ser fraco faz parte da natureza humana.
Mas nisto da corrupção, outros cenários são igualmente
possíveis. Por exemplo, um político faz um acordo de obras com um CEO de uma
empresa e obviamente lesa os dinheiros públicos. O escândalo sai para a
imprensa (quantas vezes paga pelos políticos concorrentes ou pelas empresas
preteridas) e unanimemente o político é considerado corrupto, como teria que
ser. Não pensemos, por momento, que é apenas ignorante, incompetente,
impreparado. A ninguém passa pela cabeça declarar corruptor o CEO da empresa.
Afinal, ele limitou-se a fazer um bom negócio, criou valor para o seu grupo, o
único culpado foi o político. A multidão escorraça o político, corre a eleger
outro político igual a este, os CEOs corruptores continuam o seu trabalho com
toda a tranquilidade com o beneplácito das massas. Ele impôs o resultado
fraudulento, mas pertence a um grupo mais forte de onde, potencialmente,
poderão sobrar algumas migalhas? O sistema mantém-se com futuro.
Afinal, andam todos ao mesmo, ouve-se dizer.
sexta-feira, março 22, 2013
Dias de chuva
A afixação das listas de devedores ao condomínio no hall de entrada dos prédios já não é o que era dantes. Passar-se-á o mesmo com a lista de devedores às finanças. O que era uma vergonha intolerável nos tempos em que havia vergonha, passa agora a ser informação privilegiada para uma melhor gestão das despesas. Funciona assim: se eu devo 100, mas sei que há outros que devem 500, então a atitude certa é não pagar os 100, porque, se o fizer, estou a pagar para os que devem 500 poderem usufruir do que pagam os pagantes! Portanto, a lógica é ser devedor enquanto se puder.
É o que tinha de acontecer depois de se ter desvalorizado a honra, acabado com a vergonha e feito subir ao máximo do valor o primado das garantias do indivíduo, o tal que, embora vivendo com outros, tem o máximo direito à sua afirmação individual, qual leão na savana. Criou-se, para sua garantia, um sistema de justiça em que chamar-lhes filhos da puta é punível por lei e acabou-se com aquele expediente mais simples de resolução de conflitos que era, simplesmente, ir-lhes à cara.
O problema maior é que esta realidade ao nível do indivíduo se impôs também ao nível dos Estados, em que há uns que impõe lógicas próprias a outros, sem a necessidade de recorrerem a processos dolorosos como as guerras. Ou melhor utilizando guerras politicamente corretas.
É o que tinha de acontecer depois de se ter desvalorizado a honra, acabado com a vergonha e feito subir ao máximo do valor o primado das garantias do indivíduo, o tal que, embora vivendo com outros, tem o máximo direito à sua afirmação individual, qual leão na savana. Criou-se, para sua garantia, um sistema de justiça em que chamar-lhes filhos da puta é punível por lei e acabou-se com aquele expediente mais simples de resolução de conflitos que era, simplesmente, ir-lhes à cara.
O problema maior é que esta realidade ao nível do indivíduo se impôs também ao nível dos Estados, em que há uns que impõe lógicas próprias a outros, sem a necessidade de recorrerem a processos dolorosos como as guerras. Ou melhor utilizando guerras politicamente corretas.
quarta-feira, março 20, 2013
Animais
Animal
You’re an animal
Don’t take anything less
Out of control
You’re out of control
Strike those in distress
Analyse
Advertise
Expand
Bend more rules
Buy yourself an island
Animals
We’re animals
Buy when blood is on the street
Out of control
We’re out of control
Crush those who beg at your feet
Analyse
Franchise
Spread out
Kill the competition
And buy yourself an ocean
Amortise
Downsize
Lay off
Kill yourself
Come on and do us all a favour
You’re an animal
Don’t take anything less
Out of control
You’re out of control
Strike those in distress
Analyse
Advertise
Expand
Bend more rules
Buy yourself an island
Animals
We’re animals
Buy when blood is on the street
Out of control
We’re out of control
Crush those who beg at your feet
Analyse
Franchise
Spread out
Kill the competition
And buy yourself an ocean
Amortise
Downsize
Lay off
Kill yourself
Come on and do us all a favour
terça-feira, março 19, 2013
Ser cipriota
Na Alemanha,
Primeiro vieram buscar os comunistas, e eu não disse nada porque não era comunista.
Depois vieram pelos judeus, e eu não disse nada porque não era judeu.
Depois vieram pelos sindicalistas, e eu não disse nada porque não era sindicalista.
Depois vieram pelos católicos, e eu não disse nada porque era protestante.
Depois vieram por mim e, nessa altura, já não havia ninguém para erguer a voz.
PASTOR MARTIN NIEMOLLER
(Sobrevivente do Holocausto)
Na Europa do sul,
primeiro tiraram os subsídios aos funcionários públicos, eu não disse nada por que não era funcionário público.
Depois reduziram os salários dos funcionários privados e eu não disse nada porque não era funcionário privado.
Depois aumentaram o IVA na restauração e eu não disse nada porque não era restaurador.
Depois taxaram mais os reformados e eu não disse nada porque não era reformado.
Depois vieram taxar os depósitos bancários e houve Cipriotas que ergueram a voz.
domingo, março 17, 2013
TED talk censurada
Quando a ganância e a rapina avança ultrapassando os limites da decência, sabe bem, ouvir alguém que percebe que não irá ser eterno, que percebe ter as mesmas necessidades de camisas e de calças que qualquer outro, que não vive sozinho, que não é, afinal, assim tão borges(samente) superior a todos os seus semelhantes. Isso mesmo: semelhantes.
Curiosamente, esta TED talk foi banida!!! Vamos nós espalhá-la por aí.
Curiosamente, esta TED talk foi banida!!! Vamos nós espalhá-la por aí.
sábado, março 16, 2013
Leituras
Fica o link enquanto durar: http://www.alfredo-braga.pro.br/discussoes/fraudegananciaeusura.html
A informação dá trabalho ( a ler), mas ainda vai sendo possível. Pode não durar sempre.
A informação dá trabalho ( a ler), mas ainda vai sendo possível. Pode não durar sempre.
quinta-feira, março 14, 2013
As palavras ditas
Que Deus vos perdoe...
Bem, ou invoca o santo nome de Deus em vão, ou esteve a pedir o perdão de Deus para o Espírito Santo...
Bem, ou invoca o santo nome de Deus em vão, ou esteve a pedir o perdão de Deus para o Espírito Santo...
quarta-feira, março 13, 2013
Cuidado!
Todos os dias sinais difusos, por agora, de preocupação. Há dias soube-se que em Bruxelas foi proibida uma manifestação por alegada insuficiência económica da polícia ser capaz de garantir a segurança. O liberalismo depois do ataque sem tréguas ao estado social, poderá, agora e em nome das restrições «necessárias pela situação económica» arranjar pretexto para limitar as garantias individuais. Toda a atenção é pouca!
sexta-feira, março 08, 2013
Obrigado por existirem
Porque tudo tem uma história, é bom lembrar (transcrito da Wikipedia):
Origem
A ideia da existência de um dia internacional da mulher surge na virada do século XX, no contexto da Segunda Revolução Industrial e daPrimeira Guerra Mundial, quando ocorre a incorporação da mão-de-obra feminina, em massa, na indústria. As condições de trabalho, frequentemente insalubres e perigosas, eram motivo de frequentes protestos por parte dos trabalhadores. Muitas manifestações ocorreram nos anos seguintes, em várias partes do mundo, destacando-se Nova Iorque, Berlim, Viena (1911) e São Petersburgo (1913).
O primeiro Dia Internacional da Mulher foi celebrado em 28 de fevereiro de 1909 nos Estados Unidos, por iniciativa do Partido Socialista da América[2], em memória do protesto contra as más condições de trabalho das operárias da indústria do vestuário de Nova York[carece de fontes].
Em 1910, ocorreu a primeira conferência internacional de mulheres, em Copenhaga, dirigida pela Internacional Socialista, quando foi aprovada proposta da socialista alemã Clara Zetkin, de instituição de um dia internacional da Mulher, embora nenhuma data tivesse sido especificada.[3]
No ano seguinte, o Dia Internacional da Mulher foi celebrado a 19 de março, por mais de um milhão de pessoas, na Áustria, Dinamarca, Alemanha eSuíça.[4]
Poucos dias depois, a 25 de março de 1911, um incêndio na fábrica da Triangle Shirtwaist mataria 146 trabalhadores - a maioria costureiras. O número elevado de mortes foi atribuído às más condições de segurança do edifício. Este foi considerado como o pior incêndio da história de Nova Iorque, até 11 de setembro de 2001. Para Eva Blay, é provável que a morte das trabalhadoras da Triangle se tenha incorporado ao imaginário coletivo, de modo que esse episódio é, com frequência, erroneamente considerado como a origem do Dia Internacional da Mulher.[5]
Em 1915, Alexandra Kollontai organizou uma reunião em Christiania (atual Oslo), contra a guerra. Nesse mesmo ano, Clara Zetkin faz uma conferência sobre a mulher.
Na Rússia, as comemorações do Dia Internacional da Mulher foram o estopim da Revolução russa de 1917. Em 8 de março de 1917 (23 de fevereiropelo calendário juliano), a greve das operárias da indústria têxtil contra a fome, contra o czar Nicolau II e contra a participação do país na Primeira Guerra Mundial precipitou os acontecimentos que resultaram na Revolução de Fevereiro. Leon Trotsky assim registrou o evento: “Em 23 de fevereiro(8 de março no calendário gregoriano) estavam planejadas ações revolucionárias. Pela manhã, a despeito das diretivas, as operárias têxteis deixaram o trabalho de várias fábricas e enviaram delegadas para solicitarem sustentação da greve. Todas saíram às ruas e a greve foi de massas. Mas não imaginávamos que este ‘dia das mulheres’ viria a inaugurar a revolução”.[6]
Após a Revolução de Outubro, a feminista bolchevique Alexandra Kollontai persuadiu Lenin para torná-lo um dia oficial que, durante o períodosoviético, permaneceu como celebração da "heróica mulher trabalhadora". No entanto, o feriado rapidamente perderia a vertente política e tornar-se-ia uma ocasião em que os homens manifestavam simpatia ou amor pelas mulheres - uma mistura das festas ocidentais do Dia das Mães e do Dia dos Namorados, com ofertas de prendas e flores, pelos homens às mulheres. O dia permanece como feriado oficial na Rússia, bem como na Bielorrússia,Macedónia, Moldávia e Ucrânia.
No Ocidente, o Dia Internacional da Mulher foi comemorado durante as décadas de 1910 e 1920. Posteriormente, a data caiu no esquecimento e só foi recuperada pelo movimento feminista, já na década de 1960, sendo, afinal, adotado pelas Nações Unidas, em 1977.
Fica claro que, para além de serem a melhor companhia dos homens todos os dias, o seu dia especial provém de uma longa história de luta contra a exploração pelos mesmos de sempre. Foi na rua que algumas realidades começaram e necessitam continuar a ser mudadas. Pelos homens e pelas mulheres, em conjunto, contra o inimigo comum. O resto são flores.
quinta-feira, março 07, 2013
quarta-feira, março 06, 2013
Tourada
No ato final da lide, muitas vezes se vê avançar o touro, decididamente, para a espada tal é a cegueira ou a natureza bestial de que é feito. Assim acontece com alguns fanáticos que não medem a consequência dos seus atos tal é a certeza de que estão possuídos. A qualquer destes avanços só um destino os espera, a queda na arena ou no palco da vida.
Hoje Passos Coelho afirmou que «o mais sensato era baixar o salário mínimo...». Na mesma linha poderá escolher acabar com a assistência na doença (com os subsídios de funeral reduzidos até nem aumenta a despesa), acabar com a escola (obtenção de títulos por equivalência), ou finalmente implementar aquela medida que tão atribuída foi a outros: injetar os velhos atrás da orelha... (e resolve a despesa da segurança social). É a natureza desta gente fanática e bestial.
Hoje Passos Coelho afirmou que «o mais sensato era baixar o salário mínimo...». Na mesma linha poderá escolher acabar com a assistência na doença (com os subsídios de funeral reduzidos até nem aumenta a despesa), acabar com a escola (obtenção de títulos por equivalência), ou finalmente implementar aquela medida que tão atribuída foi a outros: injetar os velhos atrás da orelha... (e resolve a despesa da segurança social). É a natureza desta gente fanática e bestial.
terça-feira, março 05, 2013
segunda-feira, março 04, 2013
A verdade e a imagem
As cidades americanas têm todas aquela ilha central com uns prédios de vidro muito altos, numa aspiração de chegar ao céu ainda na terra. São, invariavelmente, os edifícios dos bancos e de algumas grandes empresas. Depois têm um imenso mar de casas baixinhas espraiando-se por milhas e milhas a toda a volta. São as que não resistem aos tufões. A ilha fica vazia à noite, de luzes acesas para afastar os fantasmas, rodeada de uma realidade imensa que respira a toda a volta. Nos postais ilustrados é sempre o Financial District e a Downtown que vemos, de tal forma que, para a generalidade das pessoas, Nova Iorque é quase sempre imaginada como a parte sul de Manhattan. É assim no mundo... das aparências. Depois há Bronx, Queens e tudo o resto muito grande, muito maior. Na verdade.
Por cá também andam uns cavalheiros que sonham construir um país para porem num postal ilustrado chamado Portugal modernizado. Para isso precisam de arrasar toda a pequena empresa, criar um desemprego ENORME (como diria um deles abrindo bem os olhos no meio das enormes olheiras e franzindo a testa), facilitando uma mão de obra cada vez mais barata para ser absorvida pelas grandes empresas modernas a preço de saldo. Teriam, finalmente, realizado o seu sonho de modernidade e obtido a foto para o postal. No seu fanatismo estão convencidos que só há um caminho. Enganam-se porque há sempre um outro ao lado, geralmente em sentido contrário. Estes tipos satisfazem-se com a imagem, alienados que estão da realidade, centrados nas grandes organizações (tantas vezes de malfeitores) ignorando, ostensivamente, os que apelidam de colaboradores.
Teremos de ser todos a cair na real e a dizer que não colaboramos! Nós trabalhamos. É urgente organizar este combate, surgir uma liderança esclarecida com um projeto claro e alternativo baseado na realidade.
Por cá também andam uns cavalheiros que sonham construir um país para porem num postal ilustrado chamado Portugal modernizado. Para isso precisam de arrasar toda a pequena empresa, criar um desemprego ENORME (como diria um deles abrindo bem os olhos no meio das enormes olheiras e franzindo a testa), facilitando uma mão de obra cada vez mais barata para ser absorvida pelas grandes empresas modernas a preço de saldo. Teriam, finalmente, realizado o seu sonho de modernidade e obtido a foto para o postal. No seu fanatismo estão convencidos que só há um caminho. Enganam-se porque há sempre um outro ao lado, geralmente em sentido contrário. Estes tipos satisfazem-se com a imagem, alienados que estão da realidade, centrados nas grandes organizações (tantas vezes de malfeitores) ignorando, ostensivamente, os que apelidam de colaboradores.
Teremos de ser todos a cair na real e a dizer que não colaboramos! Nós trabalhamos. É urgente organizar este combate, surgir uma liderança esclarecida com um projeto claro e alternativo baseado na realidade.
domingo, março 03, 2013
Regresso à verdade
A mentira, na vida como na política, não é arma, e, mesmo quando a mentira é inconsciente, determinada pelo desejo ou pela ignorância e incapacidade de analisar a realidade e leva os seus autores ao refúgio numa espécie de realidade virtual, a mentira não augura nada de bom, porque só a realidade é real e, pelas leis da vida, a sua homeostase com o ambiente em que está, acaba por criar os mecanismos que não permitem que a mistura do azeite com o vinagre se mantenha de forma indefinida.
A legitimidade apenas se consegue pela verdade, não por se ter conseguido iludir os outros de forma transitória, calculada ou fraudulenta. Com o passar do tempo há sempre a emergência do azeite. É por isso, que um governo eleito, pode, passado algum tempo, ser ilegítimo. Acontece quando o contrato que fez com os eleitores é rasgado na prática do dia-a-dia e substituído pela realidade contrária ao que se tinha combinado. Nem a alegação da realidade em que se está e o seu prévio desconhecimento (impreparação!) servem para a manutenção do poder, que, rompido o contrato, é ilegítimo. Se as condições mudaram e o contrato não é realizável, é necessário fazer um contrato de retificação, isto é, apresentá-lo aos eleitores e ir a sufrágio. De outra forma, persiste-se na ilegitimidade do poder, no império da mentira.
É isso que sentem e manifestaram ontem alguns milhares de pessoas, que, de uma forma desorganizada e triste, quase sem esperança e só com revolta, andaram na rua ontem à tarde. Também andei e, se calhar como muitos deles, estava lá para ver como se estava (com os outros), saber quantos ainda não tinham desistido, quantos tinham acordado e estavam prontos para o combate. E eram muitos, bastantes, muitos velhos e algo cansados, ouvindo palavras de ordem que já nem repetiam muitas vezes, ensaiando cânticos desafinados, arrastando-se avenida abaixo lentamente, gritando raivas, a maior de todas a da cegueira de não se ver como se vai mudar. Um vasto grito de não aguentamos mais! Estavam ali mobilizados pelos que se arrogam uma superioridade por não serem políticos ou por quem, sendo político, tem como objetivo não querer ir pelo caminho em que outros andam. Mas por onde, nunca o dizem. Porque não sabem? Mesmo antes de serem «políticos» já enfermam do vício da mentira quando contam 500000 pessoas numa praça onde caberiam apertadas 150000, como se a quantidade fosse o importante e o relevante não fosse a raiva desesperada dos que ali estavam. E fazem política, quando promovem como valor o não se ser político, esquecendo até que alguns dos políticos nada têm que ver com o estado a que este Estado chegou.
A mudança exige ver a realidade e não afirmar o desejo como se dela se tratasse. A realidade de haver assimetrias sociais indecentes, a realidade de haver compromissos de pagamentos de rendas vergonhosas, a realidade de haver privilégios de organizações e pessoas incomportáveis economicamente e depois, também, mas só depois, olhar a impossibilidade de talvez até nem se poder continuar a ter algumas coisas boas como a saúde, o ensino, a segurança social que criámos porque somos civilizados e a que nos habituámos. Ou seja, corrigir os erros corrigíveis, criar um novo paradigma de funcionamento em que a facilidade e o desejo da vida a crédito seja substituído pelo mundo real. Vai ser mau para alguns credores, nomeadamente para a Banca, mas paciência.
Estou certo é que não se chega ao destino se não soubermos para onde queremos ir. Os organizadores destes ajuntamentos de indignação não sabem, mas há políticos que têm alternativas dentro de outros modelos e é com a sua liderança que a desesperança de hoje se transformará na certeza da vitória amanhã. E como disseram no passado alguns líderes, Até à vitória. Sempre!
A legitimidade apenas se consegue pela verdade, não por se ter conseguido iludir os outros de forma transitória, calculada ou fraudulenta. Com o passar do tempo há sempre a emergência do azeite. É por isso, que um governo eleito, pode, passado algum tempo, ser ilegítimo. Acontece quando o contrato que fez com os eleitores é rasgado na prática do dia-a-dia e substituído pela realidade contrária ao que se tinha combinado. Nem a alegação da realidade em que se está e o seu prévio desconhecimento (impreparação!) servem para a manutenção do poder, que, rompido o contrato, é ilegítimo. Se as condições mudaram e o contrato não é realizável, é necessário fazer um contrato de retificação, isto é, apresentá-lo aos eleitores e ir a sufrágio. De outra forma, persiste-se na ilegitimidade do poder, no império da mentira.
É isso que sentem e manifestaram ontem alguns milhares de pessoas, que, de uma forma desorganizada e triste, quase sem esperança e só com revolta, andaram na rua ontem à tarde. Também andei e, se calhar como muitos deles, estava lá para ver como se estava (com os outros), saber quantos ainda não tinham desistido, quantos tinham acordado e estavam prontos para o combate. E eram muitos, bastantes, muitos velhos e algo cansados, ouvindo palavras de ordem que já nem repetiam muitas vezes, ensaiando cânticos desafinados, arrastando-se avenida abaixo lentamente, gritando raivas, a maior de todas a da cegueira de não se ver como se vai mudar. Um vasto grito de não aguentamos mais! Estavam ali mobilizados pelos que se arrogam uma superioridade por não serem políticos ou por quem, sendo político, tem como objetivo não querer ir pelo caminho em que outros andam. Mas por onde, nunca o dizem. Porque não sabem? Mesmo antes de serem «políticos» já enfermam do vício da mentira quando contam 500000 pessoas numa praça onde caberiam apertadas 150000, como se a quantidade fosse o importante e o relevante não fosse a raiva desesperada dos que ali estavam. E fazem política, quando promovem como valor o não se ser político, esquecendo até que alguns dos políticos nada têm que ver com o estado a que este Estado chegou.
A mudança exige ver a realidade e não afirmar o desejo como se dela se tratasse. A realidade de haver assimetrias sociais indecentes, a realidade de haver compromissos de pagamentos de rendas vergonhosas, a realidade de haver privilégios de organizações e pessoas incomportáveis economicamente e depois, também, mas só depois, olhar a impossibilidade de talvez até nem se poder continuar a ter algumas coisas boas como a saúde, o ensino, a segurança social que criámos porque somos civilizados e a que nos habituámos. Ou seja, corrigir os erros corrigíveis, criar um novo paradigma de funcionamento em que a facilidade e o desejo da vida a crédito seja substituído pelo mundo real. Vai ser mau para alguns credores, nomeadamente para a Banca, mas paciência.
Estou certo é que não se chega ao destino se não soubermos para onde queremos ir. Os organizadores destes ajuntamentos de indignação não sabem, mas há políticos que têm alternativas dentro de outros modelos e é com a sua liderança que a desesperança de hoje se transformará na certeza da vitória amanhã. E como disseram no passado alguns líderes, Até à vitória. Sempre!
sábado, março 02, 2013
sexta-feira, março 01, 2013
Sinais dos tempos
Reconfortante entrar no café e ver afixado por baixo do letreiro de pré-pagamento um pequeno cartaz a lembrar que o Povo é quem mais ordena 2 de Março.
Sinais dos tempos que algo está a mudar... até porque os clientes não reclamam, mas aderem. É o caminho: pessoa a pessoa até se lá chegar.
Até amanhã, camaradas!
Sinais dos tempos que algo está a mudar... até porque os clientes não reclamam, mas aderem. É o caminho: pessoa a pessoa até se lá chegar.
Até amanhã, camaradas!
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