Ao início é uma irritação intolerável, depois extravasa-se com quem temos ao lado e finalmente serena-se progressivamente. É assim que nos vão impondo a vontade, aproveitando a ineficácia do que não fazemos. Precisamos de nos mover, mesmo quando o que nos tiram é o estacionamento. Ficamos mal parados, quando a situação exige acção.
Criar um estacionamento para alguns que o não usam, deixando os que o usariam sem lugar, é paradoxal e uma burrice de quem gere. É desperdício de recursos, ineficiência, má utilização dos dinheiros públicos. Não estamos em tempo de subaproveitar recursos em nome de privilégios imerecidos muitas vezes.
Mas não é fácil inverter uma lógica que a não tem. Mas também não podemos aceitar o que é inaceitável, exactamente e só por isso, só por que não é decente. Porque isto da decência tem de vir sempre antes do direito; na verdade, não temos o direito à indecência.
Os direitos devem corresponder e satisfazer necessidades e apenas isso. Tudo o resto é passado.
Por agora, recuaram, mas sem uma explicação cabal da insatisfação, não tarda, avançarão de novo.
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