terça-feira, setembro 30, 2008
segunda-feira, setembro 29, 2008
Fim de tempo?
Afinal, tudo não passa de um PREC em Washington. Uma sublevação a bordo está em curso e aquela gajada de congressistas decidiu afundar-se com o barco.
Quem defendia o fim da CGD, a privatização da Segurança Social, o fim do Estado não quererá também agora fazer o seu glu-glu político? Está na hora!
O Comunismo foi também um sonho lindo que os homens destruíram e o Muro caiu. Chegou o momento de perceber que a solução de todos os problemas, o Mercado, foi também aniquilado pelos homens. Estes homens estragam tudo... depois renascem. Assim tem sido sempre e, neste momento, indianos, chineses, sul-americanos estão quase no fim do tempo. Há um parto anunciado. Vamos ser obrigados a ser «generosos», que a dívida já vai grande.
Dinheiro
Inicialmente, o homem comercializava através de simples troca ou escambo. A mercadoria era avaliada na quantidade de tempo ou força de trabalho gasta para produzi-la. Com a criação de moedas o valor da mercadoria se tornou independente da força de trabalho. Com o surgimento dos bancos apareceu uma nova actividade financeira em que o próprio dinheiro é uma mercadoria. (Wikipedia)
De uma maneira geral, não tem uma conotação positiva: chama-se-lhe vil metal e lavam-se as mãos depois de se lhe mexer, por se considerar ser coisa suja. Depois todos querem ter muito, mas imaterializado e em quantidade que se não confessa facilmente. Na verdade, o dinheiro revela o esquizofrénico que há em nós. Ostenta-se o que permite, mas esconde-se o que se tem. O dinheiro talvez tenha sido o que possibilitou que o negócio tenha alma, uma forma poética de segregar o valor da coisa do que se recebe com a sua venda. Um ganho que não traduz o trabalho que se tem, mas o confronto de dois desejos, o de manter de quem vende e o de comprar de quem adquire. Algo inquantificável e onde moram alguns pecados, que tornam a transacção secreta (o segredo do negócio!)
Desde que se mercantilizou, tornou-se abstracto. Nos últimos tempos, assistimos ao resultado desta evolução: a mesma coisa, pode valer o seu valor e menos de metade com dias de intervalo. Tudo depende da confiança no Mercado. E é este jogo de emoções que nos fazem viver, sem nos ouvirem os desejos de ser de forma diferente. Porque assim, alguém, decidiu que tinha de ser e não pode estar-se de outra forma. Decisão grave, destituída de qualquer ética, impôs-se como a ética.
E tudo parece andar à deriva quando se assiste à irracionalidade dos que actuam o Mercado e descrêem quando a «salvação» foi finalmente acordada. Resultado, os índices da bolsa sofrem forte baixa. Os teóricos explicar-nos-ão a razão: o preço do petróleo, a injecção dos bancos federais insuficiente, mais isto e mais aquilo, tudo, geralmente explicando um resultado e o seu contrário. Resta-nos acreditar no sábio César das Neves que nos tranquiliza com a sedução felina do sistema, também ele com sete vidas. Terá?
De uma maneira geral, não tem uma conotação positiva: chama-se-lhe vil metal e lavam-se as mãos depois de se lhe mexer, por se considerar ser coisa suja. Depois todos querem ter muito, mas imaterializado e em quantidade que se não confessa facilmente. Na verdade, o dinheiro revela o esquizofrénico que há em nós. Ostenta-se o que permite, mas esconde-se o que se tem. O dinheiro talvez tenha sido o que possibilitou que o negócio tenha alma, uma forma poética de segregar o valor da coisa do que se recebe com a sua venda. Um ganho que não traduz o trabalho que se tem, mas o confronto de dois desejos, o de manter de quem vende e o de comprar de quem adquire. Algo inquantificável e onde moram alguns pecados, que tornam a transacção secreta (o segredo do negócio!)
Desde que se mercantilizou, tornou-se abstracto. Nos últimos tempos, assistimos ao resultado desta evolução: a mesma coisa, pode valer o seu valor e menos de metade com dias de intervalo. Tudo depende da confiança no Mercado. E é este jogo de emoções que nos fazem viver, sem nos ouvirem os desejos de ser de forma diferente. Porque assim, alguém, decidiu que tinha de ser e não pode estar-se de outra forma. Decisão grave, destituída de qualquer ética, impôs-se como a ética.
E tudo parece andar à deriva quando se assiste à irracionalidade dos que actuam o Mercado e descrêem quando a «salvação» foi finalmente acordada. Resultado, os índices da bolsa sofrem forte baixa. Os teóricos explicar-nos-ão a razão: o preço do petróleo, a injecção dos bancos federais insuficiente, mais isto e mais aquilo, tudo, geralmente explicando um resultado e o seu contrário. Resta-nos acreditar no sábio César das Neves que nos tranquiliza com a sedução felina do sistema, também ele com sete vidas. Terá?
sábado, setembro 27, 2008
A inconveniência da verdade?
«Acredita nos que buscam a verdade. Duvida dos que a encontraram» (André Gide)
O primeiro debate foi morno, como aqueles jogos em que tudo se passa a meio campo e ninguém ataca com convicção, onde as preocupações em não errar acabam por dar um mau espectáculo. Geralmente, acaba num empate, sem glória para ninguém. Ou talvez a igualdade não seja apenas uma questão de forma, mas de conteúdo.
Um bom debate tem de ser quente. Quem debate tem de se afirmar com convicções e procurar mostrar a sua verdade, sem conciliações e por muito espantosa que seja a realidade expressada. Algumas verdades são tão extraordinárias que a primeira reacção é escondê-las, mas, como dizia M L King, a time comes when silence is betrayal. Às vezes, depois de vermos, ouvirmos e lermos, como também dizia a canção, não podemos ignorar. Por isso, aqui deixo o link para que se veja (apesar do tempo que se gasta, parece valer a pena), embora, como a minha avó, quando os viu chegar à Lua, também a mim me custe a acreditar. Mas realmente, era verdade. Quem sabe se aqueles que parecem não saber controlar o desmoronamento da sua Economia, serão peritos em outros desmoronamentos controlados! Sobre tudo têm uma verdade e a sua tem justificado muita coisa nos últimos anos, mas também é sabido que «Uma mentira repetida muitas vezes, torna-se verdade» (Lenine)
De qualquer das maneiras, isto é que dava um debate quente e de larga audiência.
O primeiro debate foi morno, como aqueles jogos em que tudo se passa a meio campo e ninguém ataca com convicção, onde as preocupações em não errar acabam por dar um mau espectáculo. Geralmente, acaba num empate, sem glória para ninguém. Ou talvez a igualdade não seja apenas uma questão de forma, mas de conteúdo.
Um bom debate tem de ser quente. Quem debate tem de se afirmar com convicções e procurar mostrar a sua verdade, sem conciliações e por muito espantosa que seja a realidade expressada. Algumas verdades são tão extraordinárias que a primeira reacção é escondê-las, mas, como dizia M L King, a time comes when silence is betrayal. Às vezes, depois de vermos, ouvirmos e lermos, como também dizia a canção, não podemos ignorar. Por isso, aqui deixo o link para que se veja (apesar do tempo que se gasta, parece valer a pena), embora, como a minha avó, quando os viu chegar à Lua, também a mim me custe a acreditar. Mas realmente, era verdade. Quem sabe se aqueles que parecem não saber controlar o desmoronamento da sua Economia, serão peritos em outros desmoronamentos controlados! Sobre tudo têm uma verdade e a sua tem justificado muita coisa nos últimos anos, mas também é sabido que «Uma mentira repetida muitas vezes, torna-se verdade» (Lenine)
De qualquer das maneiras, isto é que dava um debate quente e de larga audiência.
sexta-feira, setembro 26, 2008
Registo
Citando especialistas:
To the Speaker of the House of Representatives and the President pro tempore of the Senate:
As economists, we want to express to Congress our great concern for the plan proposed by Treasury Secretary Paulson to deal with the financial crisis. We are well aware of the difficulty of the current financial situation and we agree with the need for bold action to ensure that the financial system continues to function. We see three fatal pitfalls in the currently proposed plan:
1) Its fairness. The plan is a subsidy to investors at taxpayers’ expense. Investors who took risks to earn profits must also bear the losses. Not every business failure carries systemic risk. The government can ensure a well-functioning financial industry, able to make new loans to creditworthy borrowers, without bailing out particular investors and institutions whose choices proved unwise.
2) Its ambiguity. Neither the mission of the new agency nor its oversight are clear. If taxpayers are to buy illiquid and opaque assets from troubled sellers, the terms, occasions, and methods of such purchases must be crystal clear ahead of time and carefully monitored afterwards.
3) Its long-term effects. If the plan is enacted, its effects will be with us for a generation. For all their recent troubles, America's dynamic and innovative private capital markets have brought the nation unparalleled prosperity. Fundamentally weakening those markets in order to calm short-run disruptions is desperately short-sighted.
For these reasons we ask Congress not to rush, to hold appropriate hearings, and to carefully consider the right course of action, and to wisely determine the future of the financial industry and the U.S. economy for years to come.
Signed (updated at 9/25/2008 8:30AM CT)
Acemoglu Daron (Massachussets Institute of Technology)
Adler Michael (Columbia University)
Admati Anat R. (Stanford University)
Alexis Marcus (Northwestern University)
Alvarez Fernando (University of Chicago)
Andersen Torben (Northwestern University)
Baliga Sandeep (Northwestern University)
Banerjee Abhijit V. (Massachussets Institute of Technology)
Barankay Iwan (University of Pennsylvania)
Barry Brian (University of Chicago)
Bartkus James R. (Xavier University of Louisiana)
Becker Charles M. (Duke University)
Becker Robert A. (Indiana University)
Beim David (Columbia University)
Berk Jonathan (Stanford University)
Bisin Alberto (New York University)
Bittlingmayer George (University of Kansas)
Boldrin Michele (Washington University)
Brooks Taggert J. (University of Wisconsin)
Brynjolfsson Erik (Massachusetts Institute of Technology)
Buera Francisco J. (UCLA)
Camp Mary Elizabeth (Indiana University)
Carmel Jonathan (University of Michigan)
Carroll Christopher (Johns Hopkins University)
Cassar Gavin (University of Pennsylvania)
Chaney Thomas (University of Chicago)
Chari Varadarajan V. (University of Minnesota)
Chauvin Keith W. (University of Kansas)
Chintagunta Pradeep K. (University of Chicago)
Christiano Lawrence J. (Northwestern University)
Cochrane John (University of Chicago)
Coleman John (Duke University)
Constantinides George M. (University of Chicago)
Crain Robert (UC Berkeley)
Culp Christopher (University of Chicago)
Da Zhi (University of Notre Dame)
Davis Morris (University of Wisconsin)
De Marzo Peter (Stanford University)
Dubé Jean-Pierre H. (University of Chicago)
Edlin Aaron (UC Berkeley)
Eichenbaum Martin (Northwestern University)
Ely Jeffrey (Northwestern University)
Eraslan Hülya K. K.(Johns Hopkins University)
Faulhaber Gerald (University of Pennsylvania)
Feldmann Sven (University of Melbourne)
Fernandez-Villaverde Jesus (University of Pennsylvania)
Fohlin Caroline (Johns Hopkins University)
Fox Jeremy T. (University of Chicago)
Frank Murray Z.(University of Minnesota)
Frenzen Jonathan (University of Chicago)
Fuchs William (University of Chicago)
Fudenberg Drew (Harvard University)
Gabaix Xavier (New York University)
Gao Paul (Notre Dame University)
Garicano Luis (University of Chicago)
Gerakos Joseph J. (University of Chicago)
Gibbs Michael (University of Chicago)
Glomm Gerhard (Indiana University)
Goettler Ron (University of Chicago)
Goldin Claudia (Harvard University)
Gordon Robert J. (Northwestern University)
Greenstone Michael (Massachusetts Institute of Technology)
Guadalupe Maria (Columbia University)
Guerrieri Veronica (University of Chicago)
Hagerty Kathleen (Northwestern University)
Hamada Robert S. (University of Chicago)
Hansen Lars (University of Chicago)
Harris Milton (University of Chicago)
Hart Oliver (Harvard University)
Hazlett Thomas W. (George Mason University)
Heaton John (University of Chicago)
Heckman James (University of Chicago - Nobel Laureate)
Henderson David R. (Hoover Institution)
Henisz, Witold (University of Pennsylvania)
Hertzberg Andrew (Columbia University)
Hite Gailen (Columbia University)
Hitsch Günter J. (University of Chicago)
Hodrick Robert J. (Columbia University)
Hopenhayn Hugo (UCLA)
Hurst Erik (University of Chicago)
Imrohoroglu Ayse (University of Southern California)
Isakson Hans (University of Northern Iowa)
Israel Ronen (London Business School)
Jaffee Dwight M. (UC Berkeley)
Jagannathan Ravi (Northwestern University)
Jenter Dirk (Stanford University)
Jones Charles M. (Columbia Business School)
Kaboski Joseph P. (Ohio State University)
Kahn Matthew (UCLA)
Kaplan Ethan (Stockholm University)
Karolyi, Andrew (Ohio State University)
Kashyap Anil (University of Chicago)
Keim Donald B (University of Pennsylvania)
Ketkar Suhas L (Vanderbilt University)
Kiesling Lynne (Northwestern University)
Klenow Pete (Stanford University)
Koch Paul (University of Kansas)
Kocherlakota Narayana (University of Minnesota)
Koijen Ralph S.J. (University of Chicago)
Kondo Jiro (Northwestern University)
Korteweg Arthur (Stanford University)
Kortum Samuel (University of Chicago)
Krueger Dirk (University of Pennsylvania)
Ledesma Patricia (Northwestern University)
Lee Lung-fei (Ohio State University)
Leeper Eric M. (Indiana University)
Leuz Christian (University of Chicago)
Levine David I.(UC Berkeley)
Levine David K.(Washington University)
Levy David M. (George Mason University)
Linnainmaa Juhani (University of Chicago)
Lott John R. Jr. (University of Maryland)
Lucas Robert (University of Chicago - Nobel Laureate)
Luttmer Erzo G.J. (University of Minnesota)
Manski Charles F. (Northwestern University)
Martin Ian (Stanford University)
Mayer Christopher (Columbia University)
Mazzeo Michael (Northwestern University)
McDonald Robert (Northwestern University)
Meadow Scott F. (University of Chicago)
Mehra Rajnish (UC Santa Barbara)
Mian Atif (University of Chicago)
Middlebrook Art (University of Chicago)
Miguel Edward (UC Berkeley)
Miravete Eugenio J. (University of Texas at Austin)
Miron Jeffrey (Harvard University)
Moretti Enrico (UC Berkeley)
Moriguchi Chiaki (Northwestern University)
Moro Andrea (Vanderbilt University)
Morse Adair (University of Chicago)
Mortensen Dale T. (Northwestern University)
Mortimer Julie Holland (Harvard University)
Muralidharan Karthik (UC San Diego)
Nanda Dhananjay (University of Miami)
Nevo Aviv (Northwestern University)
Ohanian Lee (UCLA)
Pagliari Joseph (University of Chicago)
Papanikolaou Dimitris (Northwestern University)
Parker Jonathan (Northwestern University)
Paul Evans (Ohio State University)
Pejovich Svetozar (Steve) (Texas A&M University)
Peltzman Sam (University of Chicago)
Perri Fabrizio (University of Minnesota)
Phelan Christopher (University of Minnesota)
Piazzesi Monika (Stanford University)
Piskorski Tomasz (Columbia University)
Rampini Adriano (Duke University)
Reagan Patricia (Ohio State University)
Reich Michael (UC Berkeley)
Reuben Ernesto (Northwestern University)
Roberts Michael (University of Pennsylvania)
Robinson David (Duke University)
Rogers Michele (Northwestern University)
Rotella Elyce (Indiana University)
Ruud Paul (Vassar College)
Safford Sean (University of Chicago)
Sandbu Martin E. (University of Pennsylvania)
Sapienza Paola (Northwestern University)
Savor Pavel (University of Pennsylvania)
Scharfstein David (Harvard University)
Seim Katja (University of Pennsylvania)
Seru Amit (University of Chicago)
Shang-Jin Wei (Columbia University)
Shimer Robert (University of Chicago)
Shore Stephen H. (Johns Hopkins University)
Siegel Ron (Northwestern University)
Smith David C. (University of Virginia)
Smith Vernon L.(Chapman University- Nobel Laureate)
Sorensen Morten (Columbia University)
Spiegel Matthew (Yale University)
Stevenson Betsey (University of Pennsylvania)
Stokey Nancy (University of Chicago)
Strahan Philip (Boston College)
Strebulaev Ilya (Stanford University)
Sufi Amir (University of Chicago)
Tabarrok Alex (George Mason University)
Taylor Alan M. (UC Davis)
Thompson Tim (Northwestern University)
Tschoegl Adrian E. (University of Pennsylvania)
Uhlig Harald (University of Chicago)
Ulrich, Maxim (Columbia University)
Van Buskirk Andrew (University of Chicago)
Veronesi Pietro (University of Chicago)
Vissing-Jorgensen Annette (Northwestern University)
Wacziarg Romain (UCLA)
Weill Pierre-Olivier (UCLA)
Williamson Samuel H. (Miami University)
Witte Mark (Northwestern University)
Wolfers Justin (University of Pennsylvania)
Woutersen Tiemen (Johns Hopkins University)
Zingales Luigi (University of Chicago)
Zitzewitz Eric (Dartmouth College)
To the Speaker of the House of Representatives and the President pro tempore of the Senate:
As economists, we want to express to Congress our great concern for the plan proposed by Treasury Secretary Paulson to deal with the financial crisis. We are well aware of the difficulty of the current financial situation and we agree with the need for bold action to ensure that the financial system continues to function. We see three fatal pitfalls in the currently proposed plan:
1) Its fairness. The plan is a subsidy to investors at taxpayers’ expense. Investors who took risks to earn profits must also bear the losses. Not every business failure carries systemic risk. The government can ensure a well-functioning financial industry, able to make new loans to creditworthy borrowers, without bailing out particular investors and institutions whose choices proved unwise.
2) Its ambiguity. Neither the mission of the new agency nor its oversight are clear. If taxpayers are to buy illiquid and opaque assets from troubled sellers, the terms, occasions, and methods of such purchases must be crystal clear ahead of time and carefully monitored afterwards.
3) Its long-term effects. If the plan is enacted, its effects will be with us for a generation. For all their recent troubles, America's dynamic and innovative private capital markets have brought the nation unparalleled prosperity. Fundamentally weakening those markets in order to calm short-run disruptions is desperately short-sighted.
For these reasons we ask Congress not to rush, to hold appropriate hearings, and to carefully consider the right course of action, and to wisely determine the future of the financial industry and the U.S. economy for years to come.
Signed (updated at 9/25/2008 8:30AM CT)
Acemoglu Daron (Massachussets Institute of Technology)
Adler Michael (Columbia University)
Admati Anat R. (Stanford University)
Alexis Marcus (Northwestern University)
Alvarez Fernando (University of Chicago)
Andersen Torben (Northwestern University)
Baliga Sandeep (Northwestern University)
Banerjee Abhijit V. (Massachussets Institute of Technology)
Barankay Iwan (University of Pennsylvania)
Barry Brian (University of Chicago)
Bartkus James R. (Xavier University of Louisiana)
Becker Charles M. (Duke University)
Becker Robert A. (Indiana University)
Beim David (Columbia University)
Berk Jonathan (Stanford University)
Bisin Alberto (New York University)
Bittlingmayer George (University of Kansas)
Boldrin Michele (Washington University)
Brooks Taggert J. (University of Wisconsin)
Brynjolfsson Erik (Massachusetts Institute of Technology)
Buera Francisco J. (UCLA)
Camp Mary Elizabeth (Indiana University)
Carmel Jonathan (University of Michigan)
Carroll Christopher (Johns Hopkins University)
Cassar Gavin (University of Pennsylvania)
Chaney Thomas (University of Chicago)
Chari Varadarajan V. (University of Minnesota)
Chauvin Keith W. (University of Kansas)
Chintagunta Pradeep K. (University of Chicago)
Christiano Lawrence J. (Northwestern University)
Cochrane John (University of Chicago)
Coleman John (Duke University)
Constantinides George M. (University of Chicago)
Crain Robert (UC Berkeley)
Culp Christopher (University of Chicago)
Da Zhi (University of Notre Dame)
Davis Morris (University of Wisconsin)
De Marzo Peter (Stanford University)
Dubé Jean-Pierre H. (University of Chicago)
Edlin Aaron (UC Berkeley)
Eichenbaum Martin (Northwestern University)
Ely Jeffrey (Northwestern University)
Eraslan Hülya K. K.(Johns Hopkins University)
Faulhaber Gerald (University of Pennsylvania)
Feldmann Sven (University of Melbourne)
Fernandez-Villaverde Jesus (University of Pennsylvania)
Fohlin Caroline (Johns Hopkins University)
Fox Jeremy T. (University of Chicago)
Frank Murray Z.(University of Minnesota)
Frenzen Jonathan (University of Chicago)
Fuchs William (University of Chicago)
Fudenberg Drew (Harvard University)
Gabaix Xavier (New York University)
Gao Paul (Notre Dame University)
Garicano Luis (University of Chicago)
Gerakos Joseph J. (University of Chicago)
Gibbs Michael (University of Chicago)
Glomm Gerhard (Indiana University)
Goettler Ron (University of Chicago)
Goldin Claudia (Harvard University)
Gordon Robert J. (Northwestern University)
Greenstone Michael (Massachusetts Institute of Technology)
Guadalupe Maria (Columbia University)
Guerrieri Veronica (University of Chicago)
Hagerty Kathleen (Northwestern University)
Hamada Robert S. (University of Chicago)
Hansen Lars (University of Chicago)
Harris Milton (University of Chicago)
Hart Oliver (Harvard University)
Hazlett Thomas W. (George Mason University)
Heaton John (University of Chicago)
Heckman James (University of Chicago - Nobel Laureate)
Henderson David R. (Hoover Institution)
Henisz, Witold (University of Pennsylvania)
Hertzberg Andrew (Columbia University)
Hite Gailen (Columbia University)
Hitsch Günter J. (University of Chicago)
Hodrick Robert J. (Columbia University)
Hopenhayn Hugo (UCLA)
Hurst Erik (University of Chicago)
Imrohoroglu Ayse (University of Southern California)
Isakson Hans (University of Northern Iowa)
Israel Ronen (London Business School)
Jaffee Dwight M. (UC Berkeley)
Jagannathan Ravi (Northwestern University)
Jenter Dirk (Stanford University)
Jones Charles M. (Columbia Business School)
Kaboski Joseph P. (Ohio State University)
Kahn Matthew (UCLA)
Kaplan Ethan (Stockholm University)
Karolyi, Andrew (Ohio State University)
Kashyap Anil (University of Chicago)
Keim Donald B (University of Pennsylvania)
Ketkar Suhas L (Vanderbilt University)
Kiesling Lynne (Northwestern University)
Klenow Pete (Stanford University)
Koch Paul (University of Kansas)
Kocherlakota Narayana (University of Minnesota)
Koijen Ralph S.J. (University of Chicago)
Kondo Jiro (Northwestern University)
Korteweg Arthur (Stanford University)
Kortum Samuel (University of Chicago)
Krueger Dirk (University of Pennsylvania)
Ledesma Patricia (Northwestern University)
Lee Lung-fei (Ohio State University)
Leeper Eric M. (Indiana University)
Leuz Christian (University of Chicago)
Levine David I.(UC Berkeley)
Levine David K.(Washington University)
Levy David M. (George Mason University)
Linnainmaa Juhani (University of Chicago)
Lott John R. Jr. (University of Maryland)
Lucas Robert (University of Chicago - Nobel Laureate)
Luttmer Erzo G.J. (University of Minnesota)
Manski Charles F. (Northwestern University)
Martin Ian (Stanford University)
Mayer Christopher (Columbia University)
Mazzeo Michael (Northwestern University)
McDonald Robert (Northwestern University)
Meadow Scott F. (University of Chicago)
Mehra Rajnish (UC Santa Barbara)
Mian Atif (University of Chicago)
Middlebrook Art (University of Chicago)
Miguel Edward (UC Berkeley)
Miravete Eugenio J. (University of Texas at Austin)
Miron Jeffrey (Harvard University)
Moretti Enrico (UC Berkeley)
Moriguchi Chiaki (Northwestern University)
Moro Andrea (Vanderbilt University)
Morse Adair (University of Chicago)
Mortensen Dale T. (Northwestern University)
Mortimer Julie Holland (Harvard University)
Muralidharan Karthik (UC San Diego)
Nanda Dhananjay (University of Miami)
Nevo Aviv (Northwestern University)
Ohanian Lee (UCLA)
Pagliari Joseph (University of Chicago)
Papanikolaou Dimitris (Northwestern University)
Parker Jonathan (Northwestern University)
Paul Evans (Ohio State University)
Pejovich Svetozar (Steve) (Texas A&M University)
Peltzman Sam (University of Chicago)
Perri Fabrizio (University of Minnesota)
Phelan Christopher (University of Minnesota)
Piazzesi Monika (Stanford University)
Piskorski Tomasz (Columbia University)
Rampini Adriano (Duke University)
Reagan Patricia (Ohio State University)
Reich Michael (UC Berkeley)
Reuben Ernesto (Northwestern University)
Roberts Michael (University of Pennsylvania)
Robinson David (Duke University)
Rogers Michele (Northwestern University)
Rotella Elyce (Indiana University)
Ruud Paul (Vassar College)
Safford Sean (University of Chicago)
Sandbu Martin E. (University of Pennsylvania)
Sapienza Paola (Northwestern University)
Savor Pavel (University of Pennsylvania)
Scharfstein David (Harvard University)
Seim Katja (University of Pennsylvania)
Seru Amit (University of Chicago)
Shang-Jin Wei (Columbia University)
Shimer Robert (University of Chicago)
Shore Stephen H. (Johns Hopkins University)
Siegel Ron (Northwestern University)
Smith David C. (University of Virginia)
Smith Vernon L.(Chapman University- Nobel Laureate)
Sorensen Morten (Columbia University)
Spiegel Matthew (Yale University)
Stevenson Betsey (University of Pennsylvania)
Stokey Nancy (University of Chicago)
Strahan Philip (Boston College)
Strebulaev Ilya (Stanford University)
Sufi Amir (University of Chicago)
Tabarrok Alex (George Mason University)
Taylor Alan M. (UC Davis)
Thompson Tim (Northwestern University)
Tschoegl Adrian E. (University of Pennsylvania)
Uhlig Harald (University of Chicago)
Ulrich, Maxim (Columbia University)
Van Buskirk Andrew (University of Chicago)
Veronesi Pietro (University of Chicago)
Vissing-Jorgensen Annette (Northwestern University)
Wacziarg Romain (UCLA)
Weill Pierre-Olivier (UCLA)
Williamson Samuel H. (Miami University)
Witte Mark (Northwestern University)
Wolfers Justin (University of Pennsylvania)
Woutersen Tiemen (Johns Hopkins University)
Zingales Luigi (University of Chicago)
Zitzewitz Eric (Dartmouth College)
Terroristas
Seria útil perceber qual o terrorismo com consequências mais nefastas para os americanos (e para todos os outros inocentes por esse mundo fora), se o da Al Qaeda, se o da especulação e lucro fácil. Na verdade, as práticas do neoliberalismo selvagem poderão estar e vir a causar muito mais vítimas que o ataque às torres gémeas e, desta vez, os Bin Ladens nem necessitarão esconder-se nas montanhas arenosas do Afeganistão, optando, talvez apenas, por gozar «merecidas» férias nas montanhas de Aspen ou ficando no contacto da natureza pescando trutas nos lagos. É estranho como ninguém é preso. É estranha esta socialização da falência de um sistema que era o fim da história. É estranho, também, que não haja já gente na rua a pôr fim a esta história.
quinta-feira, setembro 25, 2008
As duas faces
As duas faces da mesma moeda. Valores diferentes?
Somos agora entretidos com discussões sobre o acessório como os casamentos de homossexuais. Para isto, os senhores deputados discutem se deve ou não haver liberdade de consciência na altura do voto. Não reivindicam o mesmo direito sobre as votações das grandes opções económicas. No primeiro caso a coisa é para mim mais ou menos indiferente (desde que não tornem o casamento homossexual obrigatório!). Importante, era não terem uma atitude de carneirada, naquilo que é fundamental e afecta todos. Cada vez mais a «democracia» é uma prática de alterne, duas faces da mesma moeda (cuidado não se confundam as sonoridades dos termos).
segunda-feira, setembro 22, 2008
domingo, setembro 21, 2008
SOS SNS
Transcrevo de um comentário a uma notícia do Público online: Deixe-se também a livre iniciativa funcionar na saúde, e acabe-se com a saúde subsidiada pelo estado, autêntico escândalo nacional, onde gente que nunca deu nada à sociedade é tratada à borla, à conta dos impostos dos que trabalham. As despesas do estado na saúde não pode continuar.J Antão, dixit
A fragilidade de análise dos crentes do Mercado manifesta-se desta forma impiedosa, SELVAGEM, sobre os mais fracos, os doentes. É necessário desmistificar o conceito de que a Saúde é um bem normal de consumo (ou de luxo como ensinam em cursos de Gestão). Ao contrário de outros bens, recorre-se à saúde, geralmente por necessidade INDESEJADA. Se há consumo abusivo, a culpa é de quem o promove (os markteers de serviço) na ânsia de aumentar o negócio: médicos também, mas sobretudo imprensa e vendedores de medicamentos e meios de diagnóstico e tratamento. E, também, obviamente os novos negociantes (Banca e Seguros) desejosos de quota de mercado.
Sr. Antão, verdadeiro escândalo, não é os saudáveis pagarem a saúde aos que estão doentes. O verdadeiro escândalo é os doentes ficarem sem assistência médica porque a não podem pagar como acontece na pátria do Liberalismo onde apesar de uma percentagem elevada do PIB gasta em Saúde, ficam fora do sistema mais de 30% das pessoas, revelando uma eficiência bem medíocre.
Os fundamentalistas do Liberalismo, nesta fase do processo, melhor era que ficassem calados a meditar no descalabro da livre concorrência e nas mãos invisíveis, em vez de revelarem os seus instintos de barbárie. Parece que lhes custa a aprender, compelidos que estão para voltar ao Casino.
sábado, setembro 20, 2008
Foi o senhor que pediu Esquerda?
É um facto que a Esquerda do passado nada tem a oferecer ao país, porque o país escolheu a direita do presente para o governar. Que tal experimentar a Esquerda no futuro?
Os Estados a que isto chegou
Afinal há um Estado bom. Um pai protector para as traquinadas dos filhotes. CEOs de todo o mundo encomendem o champanhe. O vosso Estado, vai pagar-vos a dívida de jogo. Podem voltar ao Casino. The show must go on.
Ficámos agora a saber que há dois Estados, o mau Estado, que nacionaliza o lucrativo e cobra impostos para redistribuir a riqueza, dando a quem não pode e o bom Estado, que privatiza o que dá lucro e nacionaliza os prejuízos.
Ou seja, como disseram os filósofos desacreditados Engels e Marx:
"A força de coesão da sociedade civilizada é o Estado, que, em todos os períodos típicos, é exclusivamente o Estado da classe dominante e, de qualquer modo, essencialmente uma máquina destinada a reprimir a classe oprimida e explorada".
"O executivo do Estado moderno nada mais é do que um comitê para administrar os assuntos comuns de toda burguesia".
Fica claro que se trata de teoria ultrapassada e reaccionária e que o grande motor da vida é o Mercado.
Ficámos agora a saber que há dois Estados, o mau Estado, que nacionaliza o lucrativo e cobra impostos para redistribuir a riqueza, dando a quem não pode e o bom Estado, que privatiza o que dá lucro e nacionaliza os prejuízos.
Ou seja, como disseram os filósofos desacreditados Engels e Marx:
"A força de coesão da sociedade civilizada é o Estado, que, em todos os períodos típicos, é exclusivamente o Estado da classe dominante e, de qualquer modo, essencialmente uma máquina destinada a reprimir a classe oprimida e explorada".
"O executivo do Estado moderno nada mais é do que um comitê para administrar os assuntos comuns de toda burguesia".
Fica claro que se trata de teoria ultrapassada e reaccionária e que o grande motor da vida é o Mercado.
sexta-feira, setembro 19, 2008
Os médicos dos anzóis
A pesca é como a Medicina: celebra-se o grande peixe como se celebra o diagnóstico raro. O peixe raro surge quando se está no mar certo, nas condições adequadas e se utiliza a técnica correcta. O resto é sorte, que é sempre algo feito à custa de muita técnica e esforço. Duvidoso seria que o peixe fosse apanhado por se lançarem anzóis aleatoriamente, num desperdício de recursos, à procura que picasse.
Alguns médicos, na ânsia do big fish, usam actualmente uma estratégia diagnóstica de desperdício recorrendo a longas listas de exames, ficando depois à espera que algo venha alterado. Têm a vantagem de não pagarem do seu bolso os anzóis.
A Arte da coisa é outra, é a eficiência: obter o máximo ao menor custo.
quinta-feira, setembro 18, 2008
segunda-feira, setembro 15, 2008
We can?
A sucessão nauseante dos ciclos, cansa. Repetidamente, Ano Novo, Feira do Livro, Natal e uma série de peripécias intercalares repetidas. Falta criatividade neste tempo que passa sempre mais ou menos igual. Estes anos assim decorridos deixam pouco na memória além de uma sensação de vertigem em que tudo parece, cada vez, mais pequeno. O resto é uma crise que se adensa sem grande esperança de mudança por muito que o marketing sopre a nossa capacidade de fazer. We can? Dá vontade de parar os ciclos e, ao menos, espiralá-los, para outro plano, roubando a bidimensionalidade aos ciclos. Apetece subir. Não se sabe bem é como.
sexta-feira, setembro 12, 2008
Vayanse al carajo yankees de mierda
Aqui há um povo digno.
Há homens que não se calam, que nada fará calar. Nem reis, nem bobos.
Há homens que não se calam, que nada fará calar. Nem reis, nem bobos.
quinta-feira, setembro 11, 2008
Once de Septiembre
quarta-feira, setembro 10, 2008
Recusar o absurdo
A aceitação acrítica da situação conduz à formação de paradigmas mais ou menos absurdos. Na verdade, dificilmente uma norma, elaborada por gente presumivelmente inteligente, poderá ser verdadeiramente absurda. No fundo, haverá sempre uma causa justificativa. Acontece muitas vezes que a suspeita sobre o disfuncionamento aceite como corrente e quase normal, leva as pessoas a negligentemente aceitarem os absurdos com que se confrontam. Outras vezes, pela utilização iterativa destes mecanismos, já o paradigma se instalou e ganhou estatuto de quase rotina incontestável. Mas a verdade, é que mesmo assim, sobreviverá sempre até ao dia em que se contestar.
Os mitos caem quando se lhes resiste.
Fartei-me de justificar como prescrição extra-formulário, medicamentos que moram no dito cujo. Porque era assim! Até hoje. E bastou perguntar, porquê. Na Farmácia, também não percebiam a razão das justificações. Às vezes, basta falar, o que é frequentemente muito difícil nesta sociedade da comunicação, onde geralmente, ouvimos mais do que falamos. Porque nos domaram, sobrecarregando-nos da informação que lhes interessa.
Os mitos caem quando se lhes resiste.
Fartei-me de justificar como prescrição extra-formulário, medicamentos que moram no dito cujo. Porque era assim! Até hoje. E bastou perguntar, porquê. Na Farmácia, também não percebiam a razão das justificações. Às vezes, basta falar, o que é frequentemente muito difícil nesta sociedade da comunicação, onde geralmente, ouvimos mais do que falamos. Porque nos domaram, sobrecarregando-nos da informação que lhes interessa.
segunda-feira, setembro 08, 2008
A liberdade e a vida
Não tenho dúvidas que é positivo poder ver isto denunciado e que a liberdade de imprensa é um bem. Mas também tenho o dever moral de perceber que a liberdade de imprensa não é a Liberdade e que não basta fazer as denúncias dos crimes para que eles deixem de existir. Melhor que ter a liberdade de dar a notícia era ter a liberdade de a notícia não existir. Os autores destes crimes, arrogando-se em defensores da liberdade (que muitas vezes confundem apenas com Estados Unidos), são useiros e vezeiros nestas práticas. Tudo bem, a guerra é a guerra. O que não defende a Liberdade é a sua não aceitação de serem julgados nos tribunais internacionais respectivos, garantindo o seu direito de fazer o que lhes parecer melhor para a «defesa da América», seu real bem supremo. Matar civis no Afeganistão é tão terrorista como matá-los em Manhattan. Ou mesmo mais, se for tido em conta o grau de desenvolvimento dos criminosos.
Mrs Pallin irá certamente defender a vida dos fetos, mas dormirá tranquila com as mortes das crianças afegãs.
Mrs Pallin irá certamente defender a vida dos fetos, mas dormirá tranquila com as mortes das crianças afegãs.
domingo, setembro 07, 2008
A justificação do silêncio
Não resisto a reproduzir o ar enrolhado da fotografia do Público online.
Finalmente, falou. Que disse? Nada, ou quase nada. E ainda por cima baralhou-se, confundiu o todo com a parte, isto é, Portugal com a Madeira:
Considerou ainda que “Portugal está longe de beneficiar da democracia na sua plenitude” e propôs-se contribuir para a sua consolidação e “libertar o país e as instituições do sectarismo partidário”.
A presidente do PSD começou por dizer que “o Governo gasta imensa energia e recursos a tratar da comunicação e imagem”.
“O objectivo é enganar-nos”, acrescentou.
Enigmaticamente, terá talvez justificado os porquês do seu silêncio:
“são cada vez mais abafadas as vozes dos que sabem que isto não vai bem, mas que não podem falar muito alto porque há uma impressionante máquina socialista que controla, que persegue, que corta apoios, que gere favores ou simplesmente que demite”.
Que propõe de diferente? Nada! É mais do mesmo, como o seu passado mostra. Outra coisa não seria de esperar.
Afinal, o silêncio tinha justificação: não tinha nada para dizer.
A história continua
Government assumes control over mortgage giants Fannie Mae and Freddie Mac. Desculpem, mas então o maldito Estado pode ser mais eficiente que a Santa Iniciativa Privada? Vão renegar o Conto de Fadas do Sagrado Mercado?
A falência do Mercado continua. As passadas foram maiores do que as pernas e surgiu o trambolhão. Enquanto caminharam, receberam os proveitos, agora que se precipitam, vamos todos pagar as despesas. Esta é a superior ética do Mercado liberal! Não vai sendo tempo de serem os ricos a pagarem a crise e ir sacar às fortunas, selectivamente, a sustentação dos monstros que criaram? Ou vão querer continuar a receber os dividendos e a não pagar impostos?
A História vai continuar. O fim que lhe anunciaram foi uma precipitação de desejos nervosos e insustentados. Todos os finais de História, geram em si contradições, que, mais cedo ou mais tarde, reiniciam as Eras.
A falência do Mercado continua. As passadas foram maiores do que as pernas e surgiu o trambolhão. Enquanto caminharam, receberam os proveitos, agora que se precipitam, vamos todos pagar as despesas. Esta é a superior ética do Mercado liberal! Não vai sendo tempo de serem os ricos a pagarem a crise e ir sacar às fortunas, selectivamente, a sustentação dos monstros que criaram? Ou vão querer continuar a receber os dividendos e a não pagar impostos?
A História vai continuar. O fim que lhe anunciaram foi uma precipitação de desejos nervosos e insustentados. Todos os finais de História, geram em si contradições, que, mais cedo ou mais tarde, reiniciam as Eras.
sábado, setembro 06, 2008
Tropa de Elite
Para quem acha que vivemos num país inseguro e para todos os outros, porque a cultura geral e a informação boa nunca serão demais, é obrigatório ver Tropa de Elite. A sensação é de que não é um filme, mas um documentário. Estão lá a corrupção, os limites da acção em democracia, a hipocrisia de certa esquerda bem pensante e de certa direita benfeitora, os limites (ou a sua ausência) da guerra, mas sobretudo a revelação de que a luta de classes está viva. A realidade brasileira, com um gigantesco fosso entre ricos e pobres, emerge a cada instante. A insegurança é absoluta, a violência incontável. Este é, possivelmente, o fim da história do liberalismo se não lhe soubermos fazer frente. Será uma imensa imagem branca, silenciosa, como se vê no fim do filme.
Curiosamente, sendo de uma violência enorme nas imagens neo-realistas, parece-me menos violento que o massacre gratuito de violência, a rondar o pornográfico, da quase generalidade das séries mais ou menos policiais americanas que enxameiam as tardes e noites das televisões. A violência deste filme não é banal, ligeira, sabe a horror. Por isso não se impregna, rejeita-se.
Ao mesmo tempo, é um filme de dilemas pessoais, nomeadamente, o de se assegurar que o nosso posto de trabalho só acaba no dia em que alguém o puder desempenhar, sobre a responsabilidade ética de estar até esse momento.
Percebe-se que tenha sido premiado, que seja fonte de enorme discussão, que possivelmente nada diga, quer à senhora Pallin, quer, até, ao senhor Obama.
Curiosamente, sendo de uma violência enorme nas imagens neo-realistas, parece-me menos violento que o massacre gratuito de violência, a rondar o pornográfico, da quase generalidade das séries mais ou menos policiais americanas que enxameiam as tardes e noites das televisões. A violência deste filme não é banal, ligeira, sabe a horror. Por isso não se impregna, rejeita-se.
Ao mesmo tempo, é um filme de dilemas pessoais, nomeadamente, o de se assegurar que o nosso posto de trabalho só acaba no dia em que alguém o puder desempenhar, sobre a responsabilidade ética de estar até esse momento.
Percebe-se que tenha sido premiado, que seja fonte de enorme discussão, que possivelmente nada diga, quer à senhora Pallin, quer, até, ao senhor Obama.
quinta-feira, setembro 04, 2008
Medicina ou política?
Fazemo-nos médicos para aumentarmos a vida e a qualidade da vida vivida, curarmos as doenças e, mais do que isso, prevenirmos o sofrimento que causam. A evolução dos últimos anos, cada vez mais, porém, me faz pensar que não é sendo médico que esses objectivos se conseguem. Não melhoro fundamentalmente a morbilidade e mortalidade associadas com a obesidade, a diabetes ou as doenças cardiovasculares, prescrevendo mais drogas. Esta intervenção que esquece as causas, apenas é fundamentalmente útil para a indústria farmacêutica. Também não é promovendo a investigação, nomeadamente nos campos da genética ou da biologia, gastando aí rios de dinheiro que se promove o aumento da esperança de vida (para todos!)embora se melhore a de alguns mais ricos, dos que têm acesso aos seus progressos.
Um relatório recente da OMS mostra tudo isto de forma bem clara. Curiosamente, a nossa imprensa, tão ocupada com a divulgação dos assaltos de 100 euros, não tem espaço nem tempo para divulgar coisas simples como estas:
Economic growth is raising incomes in many countries but increasing national wealth alone does not necessarily increase national health. Without equitable distribution of benefits, national growth can even exacerbate inequities.
While there has been enormous increase in global wealth, technology and living standards in recent years, the key question is how it is used for fair distribution of services and institution-building especially in low-income countries. In 1980, the richest countries with 10% of the population had a gross national income 60 times that of the poorest countries with 10% of the world's population. After 25 years of globalization, this difference increased to 122, reports the Commission. Worse, in the last 15 years, the poorest quintile in many low-income countries have shown a declining share in national consumption.
Wealth alone does not have to determine the health of a nation's population. Some low-income countries such as Cuba, Costa Rica, China, state of Kerala in India and Sri Lanka have achieved levels of good health despite relatively low national incomes.
Não deixa de ser perturbador pensar, nesta fase da carreira, se foi esta profissão a melhor escolha. A sedução da política existe.
Um relatório recente da OMS mostra tudo isto de forma bem clara. Curiosamente, a nossa imprensa, tão ocupada com a divulgação dos assaltos de 100 euros, não tem espaço nem tempo para divulgar coisas simples como estas:
Economic growth is raising incomes in many countries but increasing national wealth alone does not necessarily increase national health. Without equitable distribution of benefits, national growth can even exacerbate inequities.
While there has been enormous increase in global wealth, technology and living standards in recent years, the key question is how it is used for fair distribution of services and institution-building especially in low-income countries. In 1980, the richest countries with 10% of the population had a gross national income 60 times that of the poorest countries with 10% of the world's population. After 25 years of globalization, this difference increased to 122, reports the Commission. Worse, in the last 15 years, the poorest quintile in many low-income countries have shown a declining share in national consumption.
Wealth alone does not have to determine the health of a nation's population. Some low-income countries such as Cuba, Costa Rica, China, state of Kerala in India and Sri Lanka have achieved levels of good health despite relatively low national incomes.
Não deixa de ser perturbador pensar, nesta fase da carreira, se foi esta profissão a melhor escolha. A sedução da política existe.
quarta-feira, setembro 03, 2008
A gravidez americana e a pobreza dos nossos ladrões
Na América é assim: não interessa o conteúdo, apenas a imagem. A indústria deles é o Cinema. Quando toca à política, fala-se do deve ser, esquecendo que muitas vezes prega Frei Tomás. E a diferença entre o feito e o que se prega é muitas vezes grande a todos os níveis. Pena é que seja apenas isso que se discute. Que interesse tem que a menina esteja grávida como seguramente muitos milheres de adolescentes americanas o estão? Verdadeiramente importante é saber-se quem é a mãe e que ideias apregoa, é saber-se o que quer fazer da vida privada dos americanos e americanas, é saber-se o que acha da proliferação das armas nos EUA e as implicações que isso tem na segurança, é saber-se se sabe alguma coisa de política internacional e se tudo não ficará na mesma ou ainda pior se algum dia puder chegar a presidente. A conversa paralela da gravidez da filha é inútil, apenas reveladora da falta de interesse em reflectir que os americanos têm. Pelo que se vai sabendo, a menina é filha de uma coisa bastante triste, mas ainda pouco revelada. É isso que é preciso perceber melhor.
Por cá, entretanto, vamos tentando entrar para o guiness do número de roubos de 100 e poucos euros à mão armada. Pobres ladrões os nossos! Têm de olhar para a América para aprenderem a roubar devidamente.
Por cá, entretanto, vamos tentando entrar para o guiness do número de roubos de 100 e poucos euros à mão armada. Pobres ladrões os nossos! Têm de olhar para a América para aprenderem a roubar devidamente.
terça-feira, setembro 02, 2008
Erros
Paulo Pedroso foi injustiçado segundo um tribunal. Ficamos a saber que alguém cometeu um erro: ou o primeiro juiz ou este agora.
Errar é humano, mesmo quando o erro é grosseiro. As vítimas devem ser reparadas. No caso dos erros judiciários, é o Estado quem repara; no caso dos erros médicos, são os próprios (ou pelos seguros que têm de pagar).
Duas formas diferentes de estar no mesmo país.
Errar é humano, mesmo quando o erro é grosseiro. As vítimas devem ser reparadas. No caso dos erros judiciários, é o Estado quem repara; no caso dos erros médicos, são os próprios (ou pelos seguros que têm de pagar).
Duas formas diferentes de estar no mesmo país.
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