A aceitação acrítica da situação conduz à formação de paradigmas mais ou menos absurdos. Na verdade, dificilmente uma norma, elaborada por gente presumivelmente inteligente, poderá ser verdadeiramente absurda. No fundo, haverá sempre uma causa justificativa. Acontece muitas vezes que a suspeita sobre o disfuncionamento aceite como corrente e quase normal, leva as pessoas a negligentemente aceitarem os absurdos com que se confrontam. Outras vezes, pela utilização iterativa destes mecanismos, já o paradigma se instalou e ganhou estatuto de quase rotina incontestável. Mas a verdade, é que mesmo assim, sobreviverá sempre até ao dia em que se contestar.
Os mitos caem quando se lhes resiste.
Fartei-me de justificar como prescrição extra-formulário, medicamentos que moram no dito cujo. Porque era assim! Até hoje. E bastou perguntar, porquê. Na Farmácia, também não percebiam a razão das justificações. Às vezes, basta falar, o que é frequentemente muito difícil nesta sociedade da comunicação, onde geralmente, ouvimos mais do que falamos. Porque nos domaram, sobrecarregando-nos da informação que lhes interessa.
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