quinta-feira, agosto 21, 2008

Os roubos dos bancos

Ao longo dos tempo criou-se a ideia certa ou errada que gentes de baixos rendimentos teriam de receber as suas pensões na Caixa Geral de Depósitos. Ter lá uma conta aberta era também necessário para se reaverem os retornos de pagamentos de algumas despesas de saúde relacionados com a ADSE.
O que resta da banca nacionalizada com o pretexto de ter de viver no mundo real da concorrência, há algum tempo, estabeleceu a criação de despesas de manutenção de conta, cobrando 10 euros de 3 em 3 meses e depois 13 euros de 3 em 3 meses a quem não tenha em património os mínimos exigidos. Dadas as características de muitas das contas de DO obrigatoriamente abertas neste banco, não é difícil imaginar os resultados das esperteza desta medida de gestão e a geração de valor que causará. Numa época de desmaterialização (nem sequer há envio de extractos bancários) em que as contas são bits acumulados me reservas de informação quase infinitas, o que será a despesa de manutenção? Mais de 50 € por ano. Será pouco, mas tem de se considerar a natureza das contas a que se aplica.
Quando entramos num banco, nos dias que correm, não há só o risco do mediático roubo no Banco, há outro roubo bem mais persistente, silencioso, quase despercebido: o roubo do banco.
Nota: O fenómeno ocorre também noutros bancos conforme experiência recente tida no Barclays, isto é, trata-se de um esquema de que também é usado no sector privado. Mas aí já é de esperar dada a conhecida eficiência do sector.

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