Passada a cerimónia iniciática entram num Olimpo de deuses ém que só eles acreditam. Pequenos, submersos no mundo, olham à volta e acham-no grande, confundindo a obra com a sua dimensão. Mas a obra do mundo pouco lhes pertence.
O problema é que agora já ninguém lhes transporta as pastas, ficam sozinhos nos anfiteatros em monólogos para ausentes. Resta-lhes a memória da grandeza de outros tempos, que não chegam mais. Fizeram tantos, que se banalizaram, perderam o poder na ânsia de gerarem poder criando outros.
Resta-lhes a fé que os olhem da forma como se vêem. Mas se a fé existe, revela, ao mesmo tempo a dúvida, porque uma só é explicada pela outra.
Na verdade, o que era raro, assim continua. Faisca nos olhos de escassos linces, um aqui, outro ali, outro mais ao norte. Poucos, porque, obviamente, o génio é raro. Porque apoiam a mediocridade, uma dúvida que tenho. Apoiarão ou será apenas compaixão, seguros de que, por muitos que sejam, os não põem em risco, antes os realçam.
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